ONU pede US$ 46 milhões para atender vítimas de tufões nas Filipinas
O Escritório de Assistência Humanitária da ONU (Ocha) informou que, devido a esses desastres naturais, 332 mil casas foram destruídas e outras 711 mil ficaram danificadas. Calcula-se que o prejuízo supere US$ 600 milhões.
"As Filipinas foram atingidas desde setembro por dois grandes tufões e outros dois de porte médio, que, no total, afetaram direta ou indiretamente sete milhões de pessoas", afirmou a porta-voz do Ocha, Elisabeth Byrs.
Para atender às necessidades mais urgentes dos desabrigados, a ONU colocou à disposição US$ 2,6 milhões, mas requer mais US$ 46 milhões para dar continuidade em 2007 às atividades de emergência e, de forma simultânea, realizar as tarefas de reabilitação.
Os setores econômicos mais afetados são a agricultura e a pesca, devido à destruição de fazendas de piscicultura, que perderam em conjunto US$ 246 milhões.
Byrs afirmou que a prioridade para seu organismo é ter acesso à população prejudicada, evitar surtos de epidemias e manter em funcionamento os serviços médicos essenciais nas áreas onde os tufões causaram maiores danos.
A médio prazo, a ONU pretende "reforçar as capacidades de resposta aos desastres e ajudar a recuperar a agricultura e a pesca", que constituem o principal meio de subsistência de uma grande parte da população, acrescentou.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) afirmou que 500 mil estudantes foram afetados pelos tufões e que em algumas regiões das Filipinas as aulas foram suspensas porque as escolas ficaram destruídas.
Em matéria de necessidades básicas, o Programa Mundial de Alimentos (PMA) afirmou que seus cálculos indicam que cem mil filipinos precisam de mantimentos essenciais.
A agência humanitária atenderá metade dos afetados e o restante será assistido pelo Governo central, segundo o porta-voz Simon Pluess.
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