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Sexta - 15 de Dezembro de 2006 às 11:03

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São Paulo - A Ediouro iniciou nesta semana um plano de reestruturação e profissionalização na Nova Fronteira, com quem mantém uma parceria desde o ano passado. Esse é o primeiro passo para a abertura de capital da Ediouro, uma das maiores empresas do setor.

Pela nova configuração, o atual diretor-superintendente da Ediouro, Luiz Fernando Pedroso, passará a acumular a função de presidente da Nova Fronteira. Carlos Augusto Lacerda, dono dos outros 50% da Nova Fronteira, irá para a presidência do Conselho. A administração do dia-a-dia será tocada por Mauro Palermo, que está sendo contratado para o cargo. "Estamos adotando práticas de governança corporativa com o projeto de abrir o capital no futuro", afirma Pedroso.

O movimento foi recebido pelo mercado como um sinal de que a Ediouro estaria assumindo o controle da Nova Fronteira. Quando comprou metade da editora no ano passado, a Ediouro teria direito de fazer uma oferta pelo restante até dezembro de 2006. Segundo Estado apurou, a Ediouro fez a oferta.

A editora nega, mas não desmente que haja interesse na compra. "A operação pode fazer sentido, mas não compramos os outros 50%", diz Pedroso. "Isso faz mais sentido do que sermos comprados por outra editora."

Parcerias

O projeto da Ediouro revela seu apetite pelo mercado editorial brasileiro, cujas vendas caíram pela metade na última década. Em julho deste ano, ela já havia se associado ao grupo americano Thomas Nelson, de livros evangélicos.

Apesar de exibir um alto índice de analfabetismo, o Brasil tem atraído o interesse de grandes grupos estrangeiros, como as espanholas Planeta e Prisa-Santillana. No mês passado, a Planeta comprou a editora Academia de Inteligência, especializada em livros de auto-ajuda e negócios. A Santillana fez em 2005 um dos maiores negócios do ramo - pagou US$ 7 milhões por 75% das ações da Objetiva.

"Embora o Brasil não tenha apresentado um crescimento que encha os olhos, a estabilidade traz investimentos", avalia Tomás Pereira, um dos sócios da Editora Sextante, dos best-sellers O Código Da Vinci e O Monge e o Executivo. Segundo Pereira, a própria Sextante já foi assediada por alguns desses grupos. De 2002 para 2006, ela triplicou de tamanho e ficou mais perto de entrar para o seleto time de editoras que faturam mais de R$ 50 milhões.





Fonte: AE

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