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Toninho e Kardec reeditam bloco de oposição; Haroldo tem atuação pífia
Partindo da máxima de que a união faz a força, os vereadores Toninho de Souza (PDT) e Allan Kardec (PT) redesenham um formato de oposição similar à linha de trabalho adotada pelos ex-parlamentares Lúdio Cabral (PT) - que disputou, sem sucesso, o Palácio Alencastro no ano passado, sendo derrotado por Mauro Mendes (PSB) – e Francisco Vuolo (sem partido), que ensaiou concorrer a majoritária, mas foi barrado na porta do “baile” e, agora, integra a equipe do Governo Silval Barbosa (PMDB) como secretário de Acompanhamento da Logística Intermodal de Transportes.
A exemplo de Lúdio e Vuolo que, nos bastidores, casavam os debates e endossavam os posicionamentos um do outro, Kardec e Toninho formam uma espécie de mini-bloco, fazendo barulho na Câmara. Na semana passada, por exemplo, o petista levantou debate acerca da existência de irregularidades no contrato com a empresa responsável por guinchar veículos estacionados irregularmente. Em meio ao discurso inflamado de Kardec, Toninho aproveitou o ensejo para afirmar que a prefeitura cria uma “estrutura de arrecadação” por meio de multas e guincho.
Depois, foi a vez de Toninho liderar os debates em torno da existência de cartão corporativo, com saldo de R$ 8 mil para gastos do prefeito e seus secretários. O petista, por sua vez, num aparte, solicitou extratos dos supostos pagamentos feitos por meio do cartão. Enquanto os dois se esmeram em apontar falhas e/ou problemas na gestão, o vereador de primeiro mandato Haroldo da Açofer (PMDB) está alheio aos debates.
Walter Machado
Por falta de preparo ou inexperiência, Haroldo entra mudo e sai calado das sessões. A pergunta que fica, nesse caso, é se ele anda dedicando o seu tempo ao chamado trabalho de base - como costumam fazer Lueci Ramos (PSDB) e Chico 2000 (PR), tendo lhes assegurado vitórias consecutivas nas urnas - ou se ainda não conseguiu se adaptar ao seu papel de vereador.
Outra postura que chama a atenção é a do também estreante Juca do Guaraná Filho (PTdoB). Ele não costuma fazer discursos apimentados, mas, constantemente, investe em indicações, o que lhe assegura bônus positivos junto às comunidades. Outra estratégia dele é a de reapresentar projetos populares que foram encampados pelo seu pai Juca do Guarará (PSD), como é o caso do que prevê a proibição da cobrança para religação da água, hoje em R$ 34,90; e a isenção de imposto para portadores de HIV e câncer.
O presidente do Legislativo João Emanuel (PSD), por sua vez, adotou a política da vizinhança e vem conduzindo nos trabalhos numa linha bastante similar a do sogro e presidente da Assembleia José RIva (PSD). Emanuel procura eliminar qualquer conflito entre os parlamentares, especialmente nas sessões. Apesar disso, não deixa de se impor em algumas situações. A postura dele, aliada a adotada pelos parlamentares - tanto novatos, quanto os reeleitos - eliminou, ao menos por enquanto, os famosos bate bocas entre os vereadores que, muitas vezes, chegavam quase a quebrar o decoro parlamentar.
Liderança
A escolha do líder do prefeito na Câmara, Leonardo Oliveira (PTB), ao menos por enquanto, parece ter sido a mais acertada. O petebista tem adotado uma estratégia interessante para defender Mauro: se posiciona acerca de todas as questões, por mais que sejam espinhosas, mas sempre por meio do diálogo. Por enquanto, não entrou em confronto com nenhum dos parlamentares, deixando de lado qualquer possibilidade de animosidade.
Fonte:
RD News
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