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Internacional
Quinta - 14 de Dezembro de 2006 às 18:33

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Os belgas foram surpreendidos com a notícia de que metade do seu país havia declarado independência unilateralmente - para depois descobrir que o anúncio não passava de uma brincadeira. O canal estatal belga de televisão RTBF, em língua francesa, suspendeu sua programação normal ontem para afirmar que a região de Flandres, a metade de língua holandesa no norte da Bélgica, havia declarado independência, se separando da parte que fala francês.

Imagens supostamente "ao vivo" mostravam multidões agitando a bandeira flamenga, longas filas de trânsito em direção aos aeroportos e trens interrompidos nas proximidades das "novas fronteiras". Conseqüentemente, milhares de pessoas telefonaram para a TV estatal. O site da RTBF entrou em colapso por causa do excesso de pessoas tentando acessá-lo, e políticos fizeram declarações repercutindo o assunto.

"Nossa intenção foi mostrar aos telespectadores belgas a intensidade do assunto para o futuro da Bélgica, e a possibilidade real de que a Bélgica deixe de ser um país em alguns meses", disse em entrevista à BBC o gerente de notícias da RTBF, Yves Thiran. As últimas eleições locais belgas mostraram forte apoio para o partido nacionalista de extrema-direita Vlaams Belang, defensor da independência de Flandres.

O primeiro-ministro, Guy Verhosfstadt, criticou a TV de língua francesa pela iniciativa. "Foi um Orson Welles de mau gosto", ele afirmou, referindo-se a uma clássica "pegadinha" do diretor, que em 1938 levou ouvintes de rádio americanos a acreditar que o mundo estava sendo invadido por marcianos.





Fonte: AE/AP

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