Polícia interroga Blair por escândalo de venda de cargos
Durante o interrogatório, que aconteceu em sua residência oficial de Downing Street, Blair deu explicações em relação às razões pelas quais ele mesmo tinha proposto algumas pessoas para receber título honorífico, disse um porta-voz do premiê.
É a primeira vez nos últimos 70 anos que um chefe de governo britânico no exercício de suas funções é interrogado em relação a um caso de corrupção. Blair não foi interrogado como suspeito, "nem esteve acompanhado por um advogado", segundo seu porta-voz.
A fonte afirmou que, dado que o Partido Nacional Escocês --que pediu a investigação-- apresentou uma denúncia sobre as pessoas propostas para os títulos honoríficos "era de esperar que a polícia pedisse para falar com Blair, como parte das investigações para chegar a uma conclusão".
A Scotland Yard afirmou que não tinha intenção de fazer um comunicado sobre o interrogatório.
A polêmica sobre a suposta "venda" de cargos começou em março passado, depois que membros do Partido Trabalhista revelaram que a formação recebeu quase Ç 20 milhões (cerca de US$ 27 milhões) em empréstimos de doze empresários.
Alguns dos empresários foram depois designados para ocupar cadeiras na Câmara dos Lordes.
A polícia já deteve três pessoas em relação à suposta troca de títulos por doações e empréstimos a baixos juros ao governamental Partido Trabalhista, entre eles Lord Levy, um amigo pessoal de Blair e o principal arrecadador da formação.
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