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Saúde
Quinta - 14 de Dezembro de 2006 às 14:43

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Várias ações estão sendo realizadas para o enfrentamento da dengue em Mato Grosso, incluindo parcerias com os municípios do interior. No Estado, o Plano de Contingência para o Controle da Dengue está em execução desde outubro de 2005. Entre as estratégias adotadas, a Secretaria de Estado de Saúde (Ses) disponibilizou equipamentos para controle do mosquito Aedes aegypti para vários municípios mato-grossenses, capacitou médicos para diagnóstico e tratamento de casos mais graves, equipes de Agentes Comunitários de Saúde (PACS), do Programa Saúde da Família (PSF), além dos supervisores de campo. O fortalecimento do sistema de informação de operações de campo foi outra medida adotada no enfoque do controle do vetor.

"Na prevenção e controle da dengue o Estado investiu, nos últimos anos, na capacitação dos profissionais da saúde, nas ações de campo e, este ano, realizou a terceira reunião de avaliação da doença visando analisar a situação epidemiológica e a redefinição das estratégias de atuação dos municípios prioritários", disse a superintendente de Vigilância em Saúde da Ses, Cleoni Silvana Kruger. Atualmente, entre as cidades consideradas prioritárias para o controle da dengue estão Cáceres, Sorriso, Araputanga, Rio Branco, Ribeirão Cascalheira e Vera. "Estes são os municípios que tiveram uma incidência significativa nos últimos três meses", informou.

A Saúde do Estado, em parceria com as administrações municipais, já desencadeou o bloqueio químico (utilização do Ultra Baixo Volume – UBV, também conhecido como Fumacê) em Cáceres e, ainda nesta semana, inicia a ação em Sorriso. No município de Nova Brasilândia ocorre a intensificação das ações de bloqueio com a bomba costal. "A Ses está monitorando a doença em todos os municípios, e ainda informando aos gestores quanto à real situação e as orientações devidas para a adoção de estratégias adequadas a cada realidade e o conseqüente desencadeamento de ações de controle da dengue".

Com relação ao município de Colniza o Estado está presente com equipes técnicas que fazem o mapeamento de toda a situação epidemiológica do município, além de ofertar o suporte em medicamentos necessários.

Silvana Kruger lembra que a dengue é uma doença que tem um caráter cíclico, apresentando, em média, a cada três anos um aumento no número de casos. Em 2003, foram notificados 13.710 casos da doença. Em 2004, o número de notificações baixou para 4.467 casos. Já em 2005, foram 10.912 casos notificados de dengue. Neste ano, são 12.135 casos de dengue notificados. "Embora o número de casos notificados seja significativo, neste ano tivemos uma diminuição acentuada na ocorrência da forma mais grave da doença que é a febre hemorrágica da dengue", observou. Neste ano foram confirmados seis casos de dengue hemorrágica, com um óbito. No ano passado, foram 14 casos de Febre Hemorrágica de Dengue (FHD) e quatro óbitos.

Integração - Silvana Kruger disse que no enfrentamento da doença a Saúde do Estado sugere aos municípios, a integração e o envolvimento das Secretarias Municipais de Meio Ambiente, Serviços Públicos e de Infra-Estrutura para a realização de mutirões de limpeza de terrenos baldios, coleta de lixo, além de estratégias de comunicação e informação à população.

Além disso, o controle do Aedes aegypti não é um problema que diz respeito somente ao Estado, mas a toda a população que precisa ter consciência do importante papel que ela tem no sentido de se evitar os criadouros do mosquito durante o ano todo. "As atividades de controle e prevenção não podem parar. Elas têm que ser contínuas. Os moradores devem manter suas caixas d’águas sempre bem tampadas e limpas, evitar o acúmulo de lixo e outros materiais que acumulem água nos seus quintais", alertou.





Fonte: RMT-Online

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