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Quinta - 14 de Dezembro de 2006 às 14:34

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A competência é da Polícia Federal, mas a ordem do novo comandante do Comando Regional-1 (CR-1), coronel Gilson Farid, é fechar o cerco contra os traficantes de Cuiabá com “tolerância zero”. Pelos cálculos preliminares, a Capital teria hoje, algo em torno de 1200 “bocas”, além de pontos móveis e fixo de vendas e consumo de drogas.

Todas estão sendo investigadas para uma ação segura nos próximos dias com apoio da Polícia Civil. As duas vão agir respaldadas em dezenas de mandados de busca e apreensão. Além das “bocas”, a PM também “jogar duro contra os bandidos que vêm infernizando a vida da população cuiabana”, destaca o coronel Farid.

Para o novo comandante da Capital, o “X” da questão e a raiz do problema é, justamente o tráfico de drogas. Para levantar dinheiro para comprar drogas, os bandidos estão realizando seguidos assaltos, deixando a população assustada.

Para algumas pessoas, até mesmo para os mais acostumados em enfrentar todos os tipos de violência, como policiais civis e militares, a situação está ficando “insustentável”, com reclamações para todos os lados, mesmo com a Polícia Militar prendendo mais de 15 bandidos por dia.

O coronel Farid destaca, que uma das provas de que é a bandidagem que está crescendo, e não a Polícia que está encolhendo ou fugindo da luta, são as seguidas prisões todos os dias, tendo como prova a superlotação das cadeias públicas e das penitenciárias.

Para conter os bandidos, segundo Farid, além de mapear as “bocas” e atacá-las com autorização da Justiça, a PM também está usando sua Agência de Inteligência e, em conjunto com a Polícia Civil, vai triplicar as ações policiais.

Todos os batalhões da Capital estão sendo orientados para agilizar ainda mais os atendimentos de ocorrências. “Estamos empregando todo o nosso efetivo, inclusive com reforço do pessoal do Batalhão de Trânsito”, que vão usar toda a frotad e viaturas, armamento pesado e colete a prova de balas”, ponderou o comandante do CR-1.

A PM também vai triplicar as ações com a montagem de barreiras móveis e fixas, dia e noite, não apenas na área central de Cuiabá, mas também na periferia. “Não vamos dar um minuto de trégua aos assaltantes e aos traficantes. Nossa meta é baixar, pelo menos 50% da violência, se possível até mais”, garantiu o coronel Gilson Farid.

A COMPETÊNCIA

Por lei, a competência de combater o tráfico de drogas, tanto doméstico – dentro das cidades -, como em grande escala, é da Polícia Federal. Em Mato Grosso existia um convênio entre a PF e a Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) que dava respaldo, dentro da lei, para que as Polícias e Civil e Militar agisse em Cuiabá e em todas as cidades do interior do Estado.

Esse convênio, no entanto, acabou. Mesmo assim, segundo o secretário de Justiça Célio Wilson de Oliveira – ele conversou agora a pouco com a reportagem -, tanto a PM, quanto a Polícia Civil vão continuar atuando no combate direto ao tráfico de drogas em Cuiabá e nas outras cidades.

“Não podemos ficar de braços cruzados, até porque temos certeza que estamos contribuindo para o combate ao tráfico de drogas. Assim como também temos certeza que esse convênio será reativado. As conversações estão adiantadas”, destacou no secretário Célio Wilson.





Fonte: 24HorasNews

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