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Economia
Quinta - 14 de Dezembro de 2006 às 10:18

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Rio - O presidente da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), Roger Agnelli, disse ter dúvida sobre qual o melhor termo para descrever os problemas que as empresas brasileiras têm encontrado para investir em novos projetos no País. "Eu não sei se a melhor definição é 'castigo' ou se é 'calvário'." Agnelli ressaltou que "não há um culpado" para a situação. Para ele, os problemas são generalizados.

"Não se trata só do Executivo. Há problemas no Legislativo e no Judiciário", apontou. Agnelli enfatizou que essa é uma questão que já preocupa o mundo todo, e que poderá ser um limitador para o crescimento mundial nos próximos anos.

Ele disse que participou há poucas semanas de uma reunião do grupo de países chamado G-20, na Austrália, onde a questão dos problemas do suprimento de energia e de matéria-prima foi o tema dominante. "Há vários sinais de que o mundo continuará crescendo e precisará de mais energia e mais matéria-prima. Ao mesmo tempo, estão cada vez mais claras as limitações para implantar novos projetos. Há recursos para bons projetos, mas eles não têm sido aprovados na velocidade necessária", disse.

Ele deu como exemplo um projeto para exportação de soja da Vale que conseguiu licença ambiental, mas não obteve o alvará da prefeitura local. O executivo não citou a prefeitura, mas assessores da empresa comentaram que se trata da exportação de soja pelo porto de Sepetiba, em Itaguaí (RJ).

Em termos de resultados, Agnelli traçou um panorama otimista para a empresa. Na avaliação dele, a demanda por minério de ferro continua aquecida e as negociações em torno do reajuste de preços para 2007 vão refletir a atual situação do mercado.





Fonte: Agência de Notícias

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