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Agronegócios
Domingo - 17 de Março de 2013 às 23:14
Por: Vivian Lessa

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Técnicos do Mapa mostram folha de soja da área de Marãiwatsédé já afetada pela praga. (Foto: Wanderlei Dias Guerra / Mapa)Detalhe da folha de soja de Marãiwatsédé já afetada pela praga. (Foto: Wanderlei Dias Guerra / Mapa)

Cinco focos da ferrugem asiática foram encontrados nas lavouras de soja situadas na área Indígena Marãiwatsédé, em Mato Grosso. Dos casos registrados no Consórcio Antiferrugem da Embrapa, quatro estão em Alto Boa Vista a 1.064 quilômetros de Cuiabáe um em São Féliz do Araguaia, a 1.159 quilômetros da capital. No total, 101 ocorrências foram encontradas nos estado na safra 12/13.

Com esses novos casos, mais de 341 mil hectares de soja, ou 4,3% da área de soja de Mato Grosso correm alto risco de serem infectadas pela doença. A área integra a terra desocupada pelos produtores rurais em função de uma decisão judicial a favor dos indígenas da etnia Xavante.

O coordenador da Comissão de Defesa Sanitária Vegetal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Wanderlei Dias Guerra, pede mais atenção dos produtores de Querência, Alto Boa Vista, São Félix do Araguaia, Porto Alegre do Norte, São José do XinguCanarana e Água Boa.

"A ferrugem está muito ativa na região e propícia para a proliferação", explica. De acordo com ele, a situação pode ficar pior se ocorrer chuvas neste período, multitplicando os casos da doença nas lavouras de soja. O representante do ministério acrescenta que providências jurídicas estão sendo tomadas para tentar autorização da colheita e pulverização das lavouras infectadas.

Desocupação
Desde 1992, as mais de 165 mil hectares da então gleba Suía Missú, nas proximidades do município de Alto Boa Vista, a 1.064 quilômetros de Cuiabá, foram ocupadas em grande parte por produtores rurais, a maioria pecuaristas, e famílias que se mudaram para o vilarejo que se formou, denominado Estrela do Araguaia (Posto da Mata), a despeito da decisão do governo federal de demarcar a terra como reserva xavante Marãiwatsédé.

Após longo processo judicial no qual os ocupantes não-índios perderam o direito sobre as terras, a força-tarefa conjunta coordenada por oficiais de Justiça e forças policiais cumpriu em dezembro do ano passado decisão de “desintrusão”, operação que resultou no abandono forçado de duas áreas de lavoura de soja.





Fonte: Do G1 MT

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