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Governo bancará projetos de combate a efeito estufa
O governo brasileiro vai investir R$ 80 milhões para valorizar os projetos nacionais de combate ao aquecimento global no futuro mercado de carbono. O recurso, destinado por meio de um programa da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos, ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia), deve ajudar as empresas que investirem na redução da emissão de gases do efeito estufa a conseguir uma compensação financeira melhor por isso.
"A gente espera poder trazer de 40% a 50% a mais de recursos para o Brasil, valorizando os nossos próprios créditos de carbono", diz Fabrício Brollo, chefe do Departamento de Agronegócios da Finep.
Os créditos de carbono são um produto de mercado criado pelo Protocolo de Kyoto, o tratado internacional de combate ao efeito estufa. Países ricos signatários do acordo se comprometeram a reduzir uma cota do dióxido de carbono e outros gases-estufa que emitem, mas não precisam fazer isso necessariamente em seu próprio território. Empresários que reduzam suas emissões nos países pobres podem gerar créditos de carbono, que são vendidos a nações industriais, permitindo a estas um abatimento nas emissões domésticas.
Segundo a Finep, a vantagem de sua linha de financiamento é que os créditos de carbono gerados por suas iniciativas poderão ser negociados no mercado de carbono no momento que o empresário brasileiro quiser (os preços oscilam porque são negociados em bolsas).
"Vamos quebrar uma amarra da operação financeira que era gerada até o momento", diz Brollo. Normalmente, é o investidor de um país que precisa de crédito de carbono que procura empresários brasileiros, e cria um vínculo que lhe dá poder de barganha: seu interesse é pagar menos pelo direito de emitir o máximo possível de gases-estufa. Financiado pela Finep, por outro lado, o empresário vai gerar um crédito de carbono que pode ser negociado no mercado no momento que for mais propício.
A Finep espera que a demanda pelos créditos se concentre no início e no fim do período de compromisso (2008 e 2012). Diversos tipos de projeto poderão entrar no programa da Finep, desde que contribuam para reduzir a quantidade de carbono lançada na atmosfera ou capturem o dióxido de carbono que já está lá (caso de projetos de reflorestamento). Entre os exemplos mais comuns estão projetos para tratamento ecológico de esgoto ou lixo, que são grandes fontes de metano, um gás-estufa poderoso.
O programa só não financiará projetos quando houver uma lei ambiental que já obrigue empresas a isso. "O programa cobre apenas as atitudes que não seriam tomadas se não existisse o incentivo do crédito de carbono", diz Odilon Marcuzzo, presidente da Finep. "Nós não podemos usar financiamento para substituir 2% do diesel por álcool em combustível porque já é lei."
"A gente espera poder trazer de 40% a 50% a mais de recursos para o Brasil, valorizando os nossos próprios créditos de carbono", diz Fabrício Brollo, chefe do Departamento de Agronegócios da Finep.
Os créditos de carbono são um produto de mercado criado pelo Protocolo de Kyoto, o tratado internacional de combate ao efeito estufa. Países ricos signatários do acordo se comprometeram a reduzir uma cota do dióxido de carbono e outros gases-estufa que emitem, mas não precisam fazer isso necessariamente em seu próprio território. Empresários que reduzam suas emissões nos países pobres podem gerar créditos de carbono, que são vendidos a nações industriais, permitindo a estas um abatimento nas emissões domésticas.
Segundo a Finep, a vantagem de sua linha de financiamento é que os créditos de carbono gerados por suas iniciativas poderão ser negociados no mercado de carbono no momento que o empresário brasileiro quiser (os preços oscilam porque são negociados em bolsas).
"Vamos quebrar uma amarra da operação financeira que era gerada até o momento", diz Brollo. Normalmente, é o investidor de um país que precisa de crédito de carbono que procura empresários brasileiros, e cria um vínculo que lhe dá poder de barganha: seu interesse é pagar menos pelo direito de emitir o máximo possível de gases-estufa. Financiado pela Finep, por outro lado, o empresário vai gerar um crédito de carbono que pode ser negociado no mercado no momento que for mais propício.
A Finep espera que a demanda pelos créditos se concentre no início e no fim do período de compromisso (2008 e 2012). Diversos tipos de projeto poderão entrar no programa da Finep, desde que contribuam para reduzir a quantidade de carbono lançada na atmosfera ou capturem o dióxido de carbono que já está lá (caso de projetos de reflorestamento). Entre os exemplos mais comuns estão projetos para tratamento ecológico de esgoto ou lixo, que são grandes fontes de metano, um gás-estufa poderoso.
O programa só não financiará projetos quando houver uma lei ambiental que já obrigue empresas a isso. "O programa cobre apenas as atitudes que não seriam tomadas se não existisse o incentivo do crédito de carbono", diz Odilon Marcuzzo, presidente da Finep. "Nós não podemos usar financiamento para substituir 2% do diesel por álcool em combustível porque já é lei."
Fonte:
Folha de S. Paulo
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/254492/visualizar/
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