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Educação/Vestibular
Quarta - 13 de Dezembro de 2006 às 14:13

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O Ensino Médio em Mato Grosso foi o tema debatido durante uma mesa redonda, que ocorreu na tarde desta terça-feira (12.12), no “Seminário Integrado de Políticas Educacionais do Ensino Médio”. O evento, que é realizado pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc) em parceria com o Ministério da Educação (MEC), por meio do Programa de Melhoria do Ensino Médio, ocorre em Cuiabá desde a segunda-feira (11.12) e prossegue até a próxima sexta-feira (15.12).

Na ocasião, foram apresentados dados sobre o nível de depredação do patrimônio público, onde o Estado aparece em terceiro lugar na pesquisa nacional. A discussão sobre a responsabilidade do gestor em relação ao patrimônio público, que vai para a escola como material didático e equipamentos para aplicação das atividades extracurriculares, também teve um destaque nas discussões da mesa.

“Temos que definir o papel do diretor, assumir verdadeiramente o compromisso com a educação pública”, ressaltou Suelme Evangelista Fernandes, superintendente Adjunto de Ensino e Currículo da Seduc.

Um levantamento feito pela equipe da Seduc em 129 municípios e 135 escolas estaduais constatou que o patrimônio enviado para a escola não está sendo utilizado como devia. “São Laboratórios de Ciências da Natureza, que alegam não ter espaço físico e continuam dentro das caixas, Laboratórios de Informática, livros didáticos onde 49% não estão na escola e outros materiais adquiridos com o recurso do Promed”, explica Suelme.

Indicadores de evasão e qualidade

Contudo, conforme destacou o superintendente adjunto, o grande desafio do Ensino Médio é melhorar os indicadores educacionais, diminuindo a taxa de evasão, reprovação e fracasso escolar, que a modalidade apresenta atualmente. ”Acreditamos que os projetos, os espaços, são a grande oportunidade para gente combater esses taxas. Pra isso, temos que dividir responsabilidades sobre esses indicadores, cada um tem que fazer a sua parte, tanto a escola, quanto os professores e a própria família”, define.

Para Suelme os indicadores do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) devem servir como uma reflexão permanente na escola. “Não vamos ficar satisfeitos com a colocação do Estado no Enem, que é apenas um 12º lugar entre 26 estados. Precisamos mudar essa realidade na escola, dar importância a esse exame que serve como uma reflexão na escola”, argumentou.

Ao todo, participam do evento mil profissionais da Educação, entre assessores e coordenadores pedagógicos e diretores de escolas estaduais, que atuam no Ensino Médio em Mato Grosso.

Avaliação

O diretor Gerson Cardoso Keiper destacou os temas como essenciais na busca de uma educação de qualidade. “É importante para educação discutir temas, que refletem diretamente na qualidade do ensino público como, por exemplo, a implantação da Língua Espanhola no Estado”, enfatizou ele que é gestor da Escola Estadual Nossa Senhora do Perpetuo Socorro, no município de Vera (486 km de Cuiabá).

O seminário ainda discutirá até sexta-feira (15.12) a Lei número 10.639, que trata da Diversidade Étnico-racial; as Diretrizes Nacionais para a Educação Básica; Portaria de Atribuição da Jornada de trabalho docente para o ano de 2007; Novas Orientações Curriculares e Políticas Educacionais de Gestão Escolar e Formação.

Nesta quarta-feira (13.12), consultores do Ministério da Educação (MEC) estarão presentes para tratar das três áreas do conhecimento e explanar sobre as novas orientações do Ensino Médio.

Concurso

Ainda na sexta-feira (15.12), no encerramento do evento, serão nomeados os professores indígenas aprovados no concurso de 2006 e entregue o Acervo Bibliográfico da Educação Étnico-racial, Educação do Campo e Ensino Fundamental.





Fonte: 24HorasNews

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