Operação Cristal Negro coíbe crimes ambientais em assentamento do Incra em Goiás

A Operação Cristal Negro, deflagrada, na última 5ª feira, 7, pelo Ibama e Polícia Federal, resultou na prisão de sete pessoas no assentamento Vista Alegre do Incra, em Cristalina/GO, entorno de Brasília. Elas estão envolvidas em crime de exploração de floresta de preservação permanente e produção de carvão vegetal sem autorização dos órgãos ambientais.

Os fiscais do Ibama lavraram nove autos de infração por corte ilegal de árvores em área de preservação permanente e produção irregular de carvão sem licença do Ibama. Eles já haviam vistoriado previamente a região atendendo a denúncias recebidas por meio da Linha Verde do Ibama (0800 618080), o que serviu para preparar a ação. Oito pessoas também foram notificadas para comparecer ao Instituto, quando devem ser multadas pelas mesmas infrações.

Durante a Operação Cristal Negro foram apreendidos um caminhão carregado de carvão, duas motosserras e destruídos 11 fornos de produção de carvão vegetal. Além do Ibama e da Polícia Federal participaram também da fiscalização a Delegacia Regional do Trabalho, o Incra, e a Delegacia de Repressão aos Crimes Contra o Meio Ambiente e Patrimônio Histórico da SR/DF, num total de 45 servidores.

Nos casos de corte ilegal de árvores em áreas de preservação permanente (APP) as multas variam de R$1,5 mil a R$5 mil por hectare ou fração. No caso da produção de carvão vegetal sem licença ambiental os autuados devem receber multas entre R$100 e R$500 por metro cúbico.

Os responsáveis pelas carvoarias sem autorização estão sujeitos a multas entre R$500 e R$10 milhões pelo funcionamento de empresas potencialmente poluidoras. O carvão produzido no projeto Vista Alegre seria encaminhado ao município de Sete Lagoas, em Minas Gerais, para alimentar fornos de usinas siderúrgicas na região.