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Terça - 12 de Dezembro de 2006 às 10:15

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Rio de Janeiro - Mais de 200 jornalistas, como de hábito, foram à entrevista coletiva anual do cantor e compositor Roberto Carlos na tarde de ontem, num hotel em Ipanema, no Rio. Ele reuniu a imprensa para falar do lançamento de seu CD e DVD de duetos, que chegam às lojas nesta semana com 400 mil cópias (150 mil DVDs e 250 mil CDs), segundo sua gravadora, a Sony Music.

A empresa revelou que faz o levantamento preciso do número de discos que o cantor vendeu ao longo da carreira para o Guinness Book. O volume vendido é estimado em 100 milhões, consolidando Roberto Carlos como o mais bem-sucedido comercialmente no mundo.

Mas o tema que dominou o encontro foi menos a música e mais a fúria do “Rei” contra um livro, a biografia não autorizada Roberto Carlos em Detalhes (Editora Planeta), lançada há uma semana. Roberto Carlos informou que seus advogados irão processar tanto a editora quanto o autor, Paulo César Araújo. “Não li o livro todo, mas tudo que li, sinceramente, me desagrada muito”, disse Roberto Carlos, respondendo a pergunta do repórter do jornal O Estado de S. Paulo. O cantor disse que o livro está cheio de “coisas que não são verdadeiras” e “sensacionalistas”, e que seriam desrespeitosas com pessoas de sua estima e também consigo. Ao ser questionado sobre quais seriam os pontos com os quais não concorda, ele preferiu não falar. “São muitos. Não quero tocar nesse assunto.”

Não quis também saber de panos quentes - alguém o lembrou que o livro o colocava no mesmo patamar de Sinatra e, pela primeira vez, fazia considerações elogiosas sobre a fase mais recente de sua obra, desprezada pelos críticos. “A vida privada de cada um deve ser respeitada a qualquer custo. Só o fato de ele ter dito que eu sou Sinatra, isso justifica o que ele disse? Eu não acho.”

O escritor de Roberto Carlos em Detalhes, Paulo César Araújo, disse que não teme processo judicial. “Não fiz o livro com receio de nada. Fiz para contar a história dele com critério, chequei as fontes, as histórias, entrevistei os personagens.” O livro é unanimidade de crítica, considerado o mais profundo trabalho sobre a vida do músico.

Pirataria, Sertanejo e Funk

Para o cantor, o grande problema da pirataria no Brasil é a “impunidade”. Também abordou recente comentário do futuro secretário de Cultura do Rio, Luiz Paulo Conde, que disse que a música sertaneja seria apenas um “folk falso”, e saiu em defesa dos colegas sertanejos. “Isso é uma opinião preconceituosa. Todo estilo tem coisas muito boas e coisas que não são boas. Para fazer essa diferenciação, é preciso uma atenção especial.”

Ele também elogiou o funk carioca e o MC Leozinho, com quem cantou Ela só Pensa em Beijar no Especial de Fim de Ano da TV Globo. “Menino legal, gente muito fina”, disse o Rei, que contou que tudo começou quando ele encontrou o MC e este revelou sua vontade de um dia conhecer um baile funk. Aí, Leozinho mandou o convite: “Pô, Roberto, vamos lá! Eu armo isso pra você”. E Roberto: “Mas eu quero de verdade, não (um baile funk) de loja.”

Roberto Carlos disse que não acompanha suficientemente a gestão de Gilberto Gil no Ministério da Cultura para opinar se ele deve ou não ser reconduzido, como têm pedido alguns artistas, mas elogiou o ministro. “Entendo muito pouco de política, mas admiro o Gil como artista, como pessoa.”





Fonte: Agência de Notícias

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