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Poderia ter sido o meu filho, diz mãe de piloto do Legacy
São Paulo - Com a voz trêmula, a mãe do piloto Joseph Lepore, Anna, disse ontem ao jornal O Estado de S. Paulo que, logo após saber do acidente com o Boeing da Gol, foi até uma igreja perto de casa rezar pelas vítimas. "Foi um acidente terrível e poderia ter sido o meu filho", disse Anna por telefone, notadamente sensibilizada, ontem de manhã. "Quando soubemos da tragédia, fomos à igreja e acendemos uma vela para as vítimas brasileiras." O pai de Lepore, Antonio, também se manifestou. "Sinto muito pelas vítimas do outro avião."
Segundo o casal, Lepore está feliz de poder passar as festas de fim de ano com a família. "Ele está contente e sorri o tempo todo", conta Anna. Já sobre o inquérito, ela disse: "Se a polícia brasileira pedir, meu filho volta para o Brasil, mas quem vai determinar isso é o advogado, que entende melhor."
A recepção organizada pela empresa de táxi aéreo ExcelAire aos pilotos durou cerca de uma hora. Depois dos discursos de boas-vindas, os pilotos, suas famílias, executivos da ExcelAire, advogados e políticos permaneceram no hangar do aeroporto MacArthur, de Long Island (Nova York), para um almoço. Só então os pilotos voltaram para casa, onde passaram o dia.
Paladino e sua mulher, Melissa, moram em Westhampton Beach. Lepore, seus pais, a esposa, Ellen, e os filhos - Nicole e Michael, de 3 e 8 anos - moram em Bay Shore. Todos em Long Island. "Apesar da longa viagem, ele não estava cansado", disse Anna. "Ficamos conversando até as onze da noite."
O presidente da ExcelAire, Bob Sherry, foi o único a mencionar as vítimas do Boeing durante a festa, expressou "nossas simpatias e preces a famílias e amigos" dos mortos. Depois, pediu um 'momento de silêncio'. Durou cinco segundos.
Fonte:
Agência de Notícias
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