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Saúde
Segunda - 11 de Dezembro de 2006 às 07:18

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Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) mapeou o comportamento de pessoas entre 13 e 75 anos e constatou que 45% dos entrevistados consomem álcool e 33% são fumantes. O estudo alerta para um dado curioso e preocupante. Sete em cada dez trabalhadores do setor de transporte ingerem bebida alcoólica e 33,3 % também fumam.

A pesquisa foi elaborada e executada pelo Núcleo Interinstitucional de Estudos da Violência e da Cidadania (Nievci) da UFMT, a pedido do Conselho Estadual de Entorpecentes (Conem/MT) em 38 bairros da capital e ouviu 863 pessoas, em mais de 6 mil domicílios. Estudantes do Ensino Médio de escolas públicas e particulares também foram ouvidos.

Mais da metade dos entrevistados (50,3%) alegaram beber apenas nos finais de semana e o índice de pessoas que disse fazer uso de bebida alcoólica, socialmente, é inferior a 5%. O clima nada fresco da capital deve explicar a preferência dos 48,7% por cerveja, enquanto o percentual de bebedores de bebidas como vinho, vodka, uísque conhaque e aguardante some 36%.

Quando a pesquisa investiga em que idades o consumo do álcool é mais frequente os números apontam para os jovens entre 18 e 24 anos com 57,7% e esse percentual se mantém até os 34 anos. O estudo mostra ainda que mais de três em cada dez donas de casa faz uso de bebida alcoólica. Elas bebem mais que os aposentados que aparecem com 26,5%, no mesmo levantamento.

A pesquisa ouviu pessoas de diversas faixas salariais e os maiores consumidores de álcool são trabalhadores que ganham entre oito e 15 salários mínimos; valores que oscilam entre R$ 2,8 mil e R$ 11 mil.

Tabaco - Mais de 30% dos fumantes disseram fumar entre dez e 20 cigarros por dia, enquanto 6% chegam a fumar 40 cigarros nesse período. Depois dos trabalhadores da área de transportes o vício é maior entre os aposentados (28,6%) e os desempregados (27,1%). O uso de tabaco também é maior entre as pessoas que ganham até um salário mínimo (30,1%).

Segundo Ana Elisa Limeira, coordenadora de Prevenção Antidrogas/Conem, apesar de abordar diversos aspectos do comportamento da população em variadas profissões e faixas etárias, o estudo não serve para avaliar se houve aumento ou redução no consumo de drogas lícitas com períodos anteriores a 2006, mas mesmo assim é um importante subsídio para a formulação de políticas e ações estaduais antidrogas e definição de ações que dificultem o uso de drogas e também a oferta e o acesso a elas.

"Este é primeiro estudo feito no Estado de Mato Grosso", afirma ao se referir à metodologia usada na pesquisa. Antes, segundo ela, os levantamentos de baseavam em boletins de ocorrência que dificultavam uma análise consistente.

Um estudo realizado pela Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) alerta para o crescimento, entre 2001 e 2005, do uso de drogas lícitas em todo país. Segundo o levantamento, cerca de 10 milhões de pessoas entre 12 e 56 anos são dependentes de de fumo ou alguma bebida alcooólica.

O estudo da Universidade Federal de Mato Grosso, no entanto, é mais detalhado, atual e completo já que alcança pessoas de até 75 anos. O relatório nacional envolveu 108 cidades com mais de 200 mil habitantes.





Fonte: Gazeta Digital

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