Repórter News - reporternews.com.br
Conselho Político de Lula será criado em meio a disputa
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai instalar na quarta-feira o Conselho Político do governo em meio a uma disputa aberta de seus aliados, sobretudo do PMDB e do PT, por cargos no ministério e pelo comando da Câmara. Aos presidentes dos oito partidos convidados para a reunião no Planalto, Lula fará um apelo em favor do consenso, necessário para viabilizar o governo de coalizão.
Mas a disputa parece longe de acabar. O PMDB da Câmara reclama que a cota do partido é controlada pelos senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e José Sarney (PMDB-AP), que não abrem espaço para os deputados. Na condição de principal parceiro do governo no Congresso e imprescindível nas votações de interesse do Planalto, o PMDB não esconde seu apetite por melhores postos.
O PMDB reivindica seis pastas importantes que, juntas, somam R$ 74,7 bilhões do Orçamento em 2007 e esse apetite tem assustado os aliados. "O presidente vai arbitrar essa discussão e ele sabe da importância estratégica do PT", disse o líder do PT na Câmara, Henrique Fontana (RS), acrescentando que o PMDB não pode fazer imposições nem ir para o confronto. "Não acredito em conflitos dessa natureza, pois seria ridículo. Tudo isso faz parte das tensões normais por espaço de poder", atestou. Já o presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), entende que a composição do ministério não deve ser tratada de forma conjunta por Lula na reunião do Conselho Político. Mas individualmente com os partidos que compõem sua base política.
"Espero que isso não seja discutido. Cuidar de cargos no Conselho seria inadmissível", completou o peemedebista. Segundo ele, Lula deve aproveitar a reunião para anunciar as principais diretrizes e projetos para o segundo mandato. O presidente passou o final de semana em seu apartamento em São Bernardo do Campo e retornou ontem à noite para Brasília.
Além do PMDB e do PT, estarão presentes no encontro os presidentes do PSB, PC do B, PRB, PL, PV e PDT. A expectativa é de que o PDT oficialize o apoio do partido à coalizão, antes do encontro. Mas a Executiva Nacional do partido já autorizou o presidente Carlos Lupi a participar do Conselho, mesmo se for na condição de 'observador'.
Congresso
Outro problema é a briga pelo comando do Congresso, cuja nova cúpula será eleita em fevereiro. "Discutir a presidência da Câmara seria interpretado como interferência direta do Planalto. É impróprio discutir isso no Conselho, criado para tratar de diretrizes do governo", afirmou Temer . Não é o que pensa Fontana, um dos interlocutores de Marco Aurélio Garcia, presidente interino do PT, que representará o partido no encontro. "É claro que esse assunto será abordado, até mesmo porque faz parte de uma relação futura e estratégica", reagiu Fontana.
O líder petista acredita, porém, que Lula não deixará que essa disputa se torne o centro da primeira reunião do Conselho. Mas certamente fará uma avaliação do processo e pedirá uma saída negociada por todos os partidos aliados. "A candidatura do PMDB à presidência da Câmara será fruto de uma articulação mais ampla", garantiu Michel Temer, lembrando que, provavelmente, a bancada escolherá o nome do candidato na quarta.
Além da candidatura do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) para a presidência da Câmara, os aliados estão divididos entre a reeleição de Aldo Rebelo (PC do B-SP) e o eventual candidato do PMDB. Ainda por cima, tem o PT dividido, como mostrou a derrota sofrida na eleição para vaga de ministro do Tribunal de Contas da União.
Mas a disputa parece longe de acabar. O PMDB da Câmara reclama que a cota do partido é controlada pelos senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e José Sarney (PMDB-AP), que não abrem espaço para os deputados. Na condição de principal parceiro do governo no Congresso e imprescindível nas votações de interesse do Planalto, o PMDB não esconde seu apetite por melhores postos.
O PMDB reivindica seis pastas importantes que, juntas, somam R$ 74,7 bilhões do Orçamento em 2007 e esse apetite tem assustado os aliados. "O presidente vai arbitrar essa discussão e ele sabe da importância estratégica do PT", disse o líder do PT na Câmara, Henrique Fontana (RS), acrescentando que o PMDB não pode fazer imposições nem ir para o confronto. "Não acredito em conflitos dessa natureza, pois seria ridículo. Tudo isso faz parte das tensões normais por espaço de poder", atestou. Já o presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), entende que a composição do ministério não deve ser tratada de forma conjunta por Lula na reunião do Conselho Político. Mas individualmente com os partidos que compõem sua base política.
"Espero que isso não seja discutido. Cuidar de cargos no Conselho seria inadmissível", completou o peemedebista. Segundo ele, Lula deve aproveitar a reunião para anunciar as principais diretrizes e projetos para o segundo mandato. O presidente passou o final de semana em seu apartamento em São Bernardo do Campo e retornou ontem à noite para Brasília.
Além do PMDB e do PT, estarão presentes no encontro os presidentes do PSB, PC do B, PRB, PL, PV e PDT. A expectativa é de que o PDT oficialize o apoio do partido à coalizão, antes do encontro. Mas a Executiva Nacional do partido já autorizou o presidente Carlos Lupi a participar do Conselho, mesmo se for na condição de 'observador'.
Congresso
Outro problema é a briga pelo comando do Congresso, cuja nova cúpula será eleita em fevereiro. "Discutir a presidência da Câmara seria interpretado como interferência direta do Planalto. É impróprio discutir isso no Conselho, criado para tratar de diretrizes do governo", afirmou Temer . Não é o que pensa Fontana, um dos interlocutores de Marco Aurélio Garcia, presidente interino do PT, que representará o partido no encontro. "É claro que esse assunto será abordado, até mesmo porque faz parte de uma relação futura e estratégica", reagiu Fontana.
O líder petista acredita, porém, que Lula não deixará que essa disputa se torne o centro da primeira reunião do Conselho. Mas certamente fará uma avaliação do processo e pedirá uma saída negociada por todos os partidos aliados. "A candidatura do PMDB à presidência da Câmara será fruto de uma articulação mais ampla", garantiu Michel Temer, lembrando que, provavelmente, a bancada escolherá o nome do candidato na quarta.
Além da candidatura do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) para a presidência da Câmara, os aliados estão divididos entre a reeleição de Aldo Rebelo (PC do B-SP) e o eventual candidato do PMDB. Ainda por cima, tem o PT dividido, como mostrou a derrota sofrida na eleição para vaga de ministro do Tribunal de Contas da União.
Fonte:
AE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/255083/visualizar/
Comentários