Governo pode colocar a aldeia Umutina no roteiro turístico da Copa
A reserva Umutina, localizada no município de Barra deve entrar no roteiro turístico de Mato Grosso para a Copa do Mundo de 2014. Pelo menos esse é o sonho do secretário Extraordinário da Copa (Secopa), Maurício Guimarães que nesta sexta-feira (15), visitou a aldeia e teve contato com indígenas locais. E retornou determinado.
Elogiando a recepção que teve da comunidade local, Maurício Guimarães salientou o interesse de colocar a aldeia no rol dos atrativos do Mundial justificando a importância de divulgar a cultura indígena mato-grossense para o mundo, especialmente pelo fato de Mato Grosso ser a sede de muitas etnias. Guimarães também entende que a divulgação vai despertar maior interesse por essas civilizações.
O povo Umutina
A aldeia Umutina está localizada em uma área de reserva indígena entre o rio Paraguai e rio dos Bugres, no município de Barra do Bugres, a150 quilômetros de Cuiabá. A cidade fica a apenas 12 quilômetros da aldeia; para chegar à reserva a partir de Barra do Bugres, percorre-se um trecho de rodovia e um trecho de estrada de terra até a margem do Rio Paraguai; ali atravessa-se de barco até chegar à aldeia. Embora o acesso seja fácil, é controlado pela Funai e pelos próprios índios.
Conforme estudos da civilização, os umutinas eram um povo guerreiro. No século 19 e início do século 20 ocorreram muitas batallhas entre índios e brancos até que foram pacificados por Cândido Rondon em 1911, época em que suas terras foram demarcadas como terra indígena. Na década de 1940 muitos haviam morrido ou estavam doentes devido ao contato com os brancos e as doenças trazidos por eles.
Foi nessa época que o Serviço de Proteção ao Índio instalou ali uma enfermaria com a finalidade de tratar os doentes e integrá-los à sociedade brasileira. Os Umutinas que ali viviam foram forçados a deixar seus costumes e a esquecer sua cultura; foram proibidos de falar sua língua e passaram por um processo forçado de aculturamento. Além dos Umutinas ajuntaram-se nesta aldeia índios de outras oito etnias.
Hoje o povo Umutina, muito civilizados, conhecem a cultura dos brancos e aprendem na escolar a ler e a escrever. Sua população vem crescendo e se destacam entre as nações indígenas do Brasil pelo alto grau de educação de seu povo. A educação é hoje a arma na luta pela sobrevivência e preservação da cultura.
Os Umutinas vivem entre as duas culturas. Suas casas são construídas em alvenaria,madeira e barro. Algumas das casas ainda habitadas são da época da formação da aldeia. As construções rústicas dividem o espaço com antenas parabólicas e postes de energia elétrica. Pelas ruas de terra da aldeia circulam motocicletas entre vacas e cavalos que pastam livres. Atualmente, seu grande desafio. Com informações do Terceiro Grau Indígina
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