<b>Homem é encontrado com espeto atravessado no corpo</b>

O corretor de seguros Osni Magalhães Lacerda, 55 anos, foi assassinado, por volta das 2h deste domingo, no apartamento de cobertura no bloco dois do condominío de dois prédios, na rua Pio Correia 80, no bairro Humaitá, zona sul do Rio de Janeiro.

Dois suspeitos de envolvimento no crime foram detidos e levados para a 10ª DP (Botafogo), mas, de acordo com informações da polícia, há uma terceira pessoa envolvida que já está sendo procurada.

Segundo a polícia, o criminoso ou criminosos agrediram a vítima batendo com um vaso de planta na cabeça e também com um espeto de churrasco que foi atravessado do peito até a cabeça. A vítima ficou caída próxima à piscina.

Para os policiais, quem matou o corretor também botou fogo apartamento, mas ainda não se sabe com que intuito. Aparentemente, o corpo não apresentava sinais de queimadura, mas vai ser investigado se Osni inalou fumaça ou se sofreu alguma lesão por causa do fogo que chegou a atingir três metros de altura.

As chamas assustaram os moradores dos prédios vizinhos, causando um princípio de tumulto e pânico por causa da evacuação dos apartamentos.

Segundo os moradores, eles foram alertados pelos vizinhos do condomínio Colibris, que fica ao lado, no número 92. Eles viram o fogo e começaram a gritar para os moradores do prédio saírem.

Alguns moradores chegaram a dizer que os bombeiros demoraram a chegar e também tiveram dificuldades para conseguir água e problemas com a falta de pressão e com a mangueira, que não alcançava o 10º andar - onde acontecia o incêndio. Por falta d`água no condomínio de número 80, os bombeiros tiveram que usar a água do condomínio vizinho.

Estudante Um dos suspeitos detidos é um estudante de Jornalismo identificado como Rodrigo, cuja família mora em Londrina, no Paraná. O jovem, muito conhecido no prédio, estuda no Rio e alugou um dos quartos do apartamento de Osni, que, segundo os moradores, tem o costume de levar amigos para o apartamento. Rodrigo alega que estava dormindo e, como a maioria dos moradores, acordou assustado sem saber o que estava acontecendo.

Outro jovem que estava no apartamento é o pedreiro conhecido como Júnior, que é empregado da empresa que está fazendo a obra no restaurante que fica no condomínio. Júnior, segundo os moradores, estava bêbado e disse que não sabia que Osni estava morto.

Ele disse aos policiais que só falaria em juízo, mas admitiu que sabia quem era o terceiro rapaz que estava no apartamento. Festas O administrador Paulo Gomes, morador do bloco um do mesmo condomínio, disse que acordou com o barulho feito pelo pessoal que se encontrava em uma festa que acontecia no playgraund do prédio. Segundo ele, todos gritavam fogo, fogo.

Ao acordar, ele viu labaredas e os clarões provocados pelas chamas. O morador desmentiu que os bombeiros tenham demorado a chegar e disse que eles debelaram as chamas rapidamente.

Gomes revelou que a maioria dos moradores tem conhecimento de que Osni, considerado por ele uma pessoa muito inteligente, costumava fazer festas em seu apartatamento. "Ele sempre dava festa, mas parece que o grupo que freqüentava não tinha pessoas de muito boa índole e acabava gerando problemas", disse.

Pistas A delegada Verônica Oliveira, da 10ª DP (Botafogo), esteve no prédio e deixou o local ainda sem informações do que realmente aconteceu. "Vamos ter que identificar pessoas, ouvir familiares para saber o que de fato ocorreu no apartamento. Duas pessoas foram detidas, foram levadas para a delegacia e vão ser ouvidas, mas, por enquanto, não há nada contra elas. Depois de ouvidas elas serão liberadas", disse.