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Domingo - 10 de Dezembro de 2006 às 12:57

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Há cinco meses no ar, Páginas da Vida não faz feio. Tem a melhor média de audiência nos últimos dez anos, com 48 pontos e 68% de participação. Números que comprovam que a Globo realmente tem um público cativo no horário das 21h. No entanto, a trama escrita por Manoel Carlos e dirigida por Jayme Monjardim continua monótona, sem pique e sem direção.

A veterana Regina Duarte não corresponde às expectativas como a intragável ginecologista Helena, protagonista da novela. Ela não está nada impactante nas repetitivas cenas em que pressente o fantasma de Nanda, vivido por Fernanda Vasconcellos. Até a empregada da médica, de Thalita Carauta, emociona mais em cena do que a patroa.

Lília Cabral e Marcos Caruso são dois dos raros atores que oferecem uma interpretação inteligente e emocionante como o casal de avós briguentos do pequeno Francisco, de Gabriel Kaufmann.

Mesmo nas cenas mais banais, como dar um banho no neto ou assistindo a um DVD e comendo pipoca, Lília Cabral esbanja segurança e talento. Marcos Caruso, que interpreta o passivo Alex, está irretocável nas cenas com Francisco, quando conversa com o neto sobre a mãe morta e lhe dá conselhos sobre a vida. Max Fercondini é igualmente terno como o doce Sérgio, o filho de Marta.

Fora dessas boas atuações, ninguém mais tem acrescentado algo de positivo à trama. A dupla Luciano e Giselle, vivida por Rafael Almeida e Pérola Faria, é um ótimo exemplo.

O romance bobinho do casal ocupa grande parte da trama com a maior falta de hormônios já registrada em adolescentes. Nenhuma mão mais alvoroçada, nenhum beijo mais quente, apertos nem pensar. E a linda "Melodia", de Gluck ¿ tema do casal ¿ tocou à exaustão. Menos para o diretor e o autor da novela, que também não se cansam das declarações de amor que o improvável casal troca pelos corredores do prédio onde mora.

Os fotógrafos Isabel, de Vivianne Pasmanter, e Renato, de Caco Ciocler, mantêm outro romance do tédio. Mas, ao contrário do amor imóvel de Luciano e Giselle, os dois brigam e reatam permanentemente.

E sem transmitir o menor sentimento na turbulenta relação. Quem também contribui para desacelerar ainda mais a narrativa é a mimada Alice, de Regiane Alves. Apesar de boa atriz, Regiane já deu o que tinha que dar interpretando personagens cricris e doentios.

Não há muitas esperanças de que nos três meses que faltam para o fim da novela - a substituta Paraíso Tropical, de Gilberto Braga, está prevista para estrear no dia 5 de março - Manoel Carlos e Jayme Monjardim modifiquem a novela.





Fonte: TV Press

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