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Missão da Nasa vai reorganizar sistema elétrico da estação espacial
Na noite deste sábado, a Nasa --agência espacial americana--, após avaliar com cautela as condições do tempo, aprovou o lançamento do ônibus espacial Discovery rumo à Estação Espacial Internacional (ISS). Ele partiu às 23h48 de Brasília.
Segundo o jornal "The New York Times", alguns minutos antes do início da contagem regressiva, o diretor de lançamento Michael D. Leinbach reuniu a tripulação chefiada pelo comandante Mark L. Polansky. "OK, Roman, 48 horas fazem muita diferença", ele disse, chamando o astronauta por seu apelido. "O tempo está ótimo, o veículo em boa forma, então desejamos a todos vocês boa sorte. Nos vemos em 12 dias." O comandante Polansky agradeceu Leinbach e seus colegas. "Todos vocês estarão conosco em órbita rumo à ISS", afirmou.
Desde o trágico lançamento da Columbia, em 2003, a decolagem foi preparada de forma que analistas da Nasa procurassem qualquer tipo de problema que pudesse prejudicar o lançamento da espaçonave e sua tripulação.
O lançamento durante a noite torna mais difícil notar qualquer pista nas imagens da câmera localizada no tanque externo de combustível da nave. Essas imagens --além dos dados de um radar e de outros sensores-- são analisadas na busca por qualquer sinal de defeito na espaçonave.
A missão de 12 dias promete ser uma das mais complexas do programa de lançamentos. Os astronautas deverão instalar uma grande extensão da estrutura da estação, reconfigurando seu sistema elétrico para receber energia de um novo arranjo solar. A missão também inclui a manutenção de uma placa solar presente na estação há seis anos, fundindo o material dessa placa e transformando-a em um equipamento mais compacto, para que consiga rodar continuamente na direção do Sol.
O trabalho vai preparar a estação para a geração da energia demandada pelos próximos períodos de construção e de expansão, e para que esteja de acordo com as necessidades de uma tripulação a bordo que, conseqüentemente, dobrará de três para seis membros. Os astronautas vão desconectar e reatar 112 conectores de força neste processo.
O trabalho é arriscado. Em uma primeira caminhada pelo espaço --conhecida como "spacewalk", quando o astronauta sai da nave espacial e flutua--, uma parte do sistema elétrico da estação espacial será desligada enquanto estiver sendo reconfigurada para ser, depois, reconectada. Assim, em uma segunda caminhada, os astronautas irão desligar a outra metade do sistema elétrico. Um sistema central permanecerá em funcionamento para receber força. Em cada uma das missões, algumas luzes, o sistema de comunicação e outros componentes serão desligados. Administradores da missão têm demonstrado cautela sobre o que poderá acontecer se o sistema falhar quando for reconectado.
Depois de completado o procedimento, os astronautas também têm de resfriar as bombas de manutenção da temperatura das caixas de controle do circuito. As bombas não têm sido usadas durante anos, e isso também tem inquietado os administradores, disse Kirk Shireman, administrador do programa espacial em comunicado a jornalistas no mês passado.
Ele comparou a missão a "dar a partida em um carro na garagem" sem ter recarregado a bateria. "Você volta depois de quatro anos", explicou ele, "gira a chave, e torce para que funcione".
As mudanças na estação feitas pela atual missão serão profundas, mas seus efeitos não serão óbvios à primeira vista, disse Michael T. Suffredini, administrador do programa espacial da estação. "Quando você olhar para a estação espacial depois da partida [da missão], não vai notar qualquer diferença em relação ao momento anterior da chegada", ele disse. "Mas será um veículo drasticamente diferente por dentro."
Apenas dois membros da tripulação do Discovery --o comandante Polansky, um piloto de testes da Air Force, e o capitão Robert L. Curbeam Jr., da Navy (The United States Naval Academy)-- foram ao espaço anteriormente. O resto da tripulação faz a sua primeira viagem, incluindo o piloto William A. Oefelein, da Navy; Sunita L. Williams, da Navy; Nicholas J..M. Patrick; Joan E. Higginbotham; e Christer Fuglesang, o primeiro sueco e representante da Agência Espacial Européia.
O comandante Williams ficará na estação por seis meses e Thomas Reiter, da Agência Espacial Européia, que está morando na estação, voltará à Terra junto com os demais a bordo da Discovery.
Embora o trabalho, de alta complexidade, exija bastante da equipe, Curbeam, como astronauta líder, disse em recente entrevista que os novatos com quem vai trabalhar foram treinados durante anos para a missão. Ele também lembrou que foi um dos responsáveis pela construção da estação algum tempo atrás, incluindo um trabalho nas linhas de força e de dados, e na condução de um braço do robô da estação.
"Eu desenvolvi cada tipo de tarefa que você pode [executar] em uma viagem ao espaço, e isso me assegura bastante conforto", comentou.
Em entrevista na quinta-feira, Michael D. Griffin, administrador da Nasa, caracterizou a coreografia para colocar tudo no lugar e reativar uma série de sistemas na missão como algo "atordoante". "Estamos em meio a um incrível projeto de reconstrução", afirmou. "É sem dúvida um grande passo."
Segundo o jornal "The New York Times", alguns minutos antes do início da contagem regressiva, o diretor de lançamento Michael D. Leinbach reuniu a tripulação chefiada pelo comandante Mark L. Polansky. "OK, Roman, 48 horas fazem muita diferença", ele disse, chamando o astronauta por seu apelido. "O tempo está ótimo, o veículo em boa forma, então desejamos a todos vocês boa sorte. Nos vemos em 12 dias." O comandante Polansky agradeceu Leinbach e seus colegas. "Todos vocês estarão conosco em órbita rumo à ISS", afirmou.
Desde o trágico lançamento da Columbia, em 2003, a decolagem foi preparada de forma que analistas da Nasa procurassem qualquer tipo de problema que pudesse prejudicar o lançamento da espaçonave e sua tripulação.
O lançamento durante a noite torna mais difícil notar qualquer pista nas imagens da câmera localizada no tanque externo de combustível da nave. Essas imagens --além dos dados de um radar e de outros sensores-- são analisadas na busca por qualquer sinal de defeito na espaçonave.
A missão de 12 dias promete ser uma das mais complexas do programa de lançamentos. Os astronautas deverão instalar uma grande extensão da estrutura da estação, reconfigurando seu sistema elétrico para receber energia de um novo arranjo solar. A missão também inclui a manutenção de uma placa solar presente na estação há seis anos, fundindo o material dessa placa e transformando-a em um equipamento mais compacto, para que consiga rodar continuamente na direção do Sol.
O trabalho vai preparar a estação para a geração da energia demandada pelos próximos períodos de construção e de expansão, e para que esteja de acordo com as necessidades de uma tripulação a bordo que, conseqüentemente, dobrará de três para seis membros. Os astronautas vão desconectar e reatar 112 conectores de força neste processo.
O trabalho é arriscado. Em uma primeira caminhada pelo espaço --conhecida como "spacewalk", quando o astronauta sai da nave espacial e flutua--, uma parte do sistema elétrico da estação espacial será desligada enquanto estiver sendo reconfigurada para ser, depois, reconectada. Assim, em uma segunda caminhada, os astronautas irão desligar a outra metade do sistema elétrico. Um sistema central permanecerá em funcionamento para receber força. Em cada uma das missões, algumas luzes, o sistema de comunicação e outros componentes serão desligados. Administradores da missão têm demonstrado cautela sobre o que poderá acontecer se o sistema falhar quando for reconectado.
Depois de completado o procedimento, os astronautas também têm de resfriar as bombas de manutenção da temperatura das caixas de controle do circuito. As bombas não têm sido usadas durante anos, e isso também tem inquietado os administradores, disse Kirk Shireman, administrador do programa espacial em comunicado a jornalistas no mês passado.
Ele comparou a missão a "dar a partida em um carro na garagem" sem ter recarregado a bateria. "Você volta depois de quatro anos", explicou ele, "gira a chave, e torce para que funcione".
As mudanças na estação feitas pela atual missão serão profundas, mas seus efeitos não serão óbvios à primeira vista, disse Michael T. Suffredini, administrador do programa espacial da estação. "Quando você olhar para a estação espacial depois da partida [da missão], não vai notar qualquer diferença em relação ao momento anterior da chegada", ele disse. "Mas será um veículo drasticamente diferente por dentro."
Apenas dois membros da tripulação do Discovery --o comandante Polansky, um piloto de testes da Air Force, e o capitão Robert L. Curbeam Jr., da Navy (The United States Naval Academy)-- foram ao espaço anteriormente. O resto da tripulação faz a sua primeira viagem, incluindo o piloto William A. Oefelein, da Navy; Sunita L. Williams, da Navy; Nicholas J..M. Patrick; Joan E. Higginbotham; e Christer Fuglesang, o primeiro sueco e representante da Agência Espacial Européia.
O comandante Williams ficará na estação por seis meses e Thomas Reiter, da Agência Espacial Européia, que está morando na estação, voltará à Terra junto com os demais a bordo da Discovery.
Embora o trabalho, de alta complexidade, exija bastante da equipe, Curbeam, como astronauta líder, disse em recente entrevista que os novatos com quem vai trabalhar foram treinados durante anos para a missão. Ele também lembrou que foi um dos responsáveis pela construção da estação algum tempo atrás, incluindo um trabalho nas linhas de força e de dados, e na condução de um braço do robô da estação.
"Eu desenvolvi cada tipo de tarefa que você pode [executar] em uma viagem ao espaço, e isso me assegura bastante conforto", comentou.
Em entrevista na quinta-feira, Michael D. Griffin, administrador da Nasa, caracterizou a coreografia para colocar tudo no lugar e reativar uma série de sistemas na missão como algo "atordoante". "Estamos em meio a um incrível projeto de reconstrução", afirmou. "É sem dúvida um grande passo."
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/255173/visualizar/
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