Empresários afirmam que novas regras do e-commerce "peneiram" o setor
Lançado na sexta-feira (15) pelo governo federal, o Plano Nacional de Consumo e Cidadania anunciou medidas que envolvem o segmento e-commerce (comércio eletrônico).
Agora os sites de vendas terão que expor informações sobre a empresa que está comercializando o produto, criar canais de atendimento para facilitar o contato com o consumidor e ter políticas claras para troca de produto.
Pedro Eugênio, presidente do site Busca Descontos e idealizador da Black Friday Brasil, comemorou o pacote. "O segmento está crescendo. É o melhor momento para que essas regras apareçam, pois vêm para regulamentar, deixar claro as condições e os benefícios para o usuário."
O empresário diz que o próprio e-commerce ganhará com isso. "As medidas irão peneirar as boas empresas. As que não protegem o consumidor, serão excluídas naturalmente."
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Pedro Eugênio, presidente do Busca Descontos, comemorou as novas medidas |
Para Maurício Salvador, presidente da ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico) já é positivo o fato do e-commerce ter sido incluído na pauta. "Estamos sendo vistos", diz.
Salvador acredita que tais medidas vêm para fortalecer o segmento. "Tudo que exija clareza é importante. Esse é um dos pontos em que os fraudadores se utilizam para prejudicar o consumidor. A obrigatoriedade [da transparência] é mecanismo para evitá-las."
Nas novas regras, o governo federal exige o direito de arrependimento de quem compra. Assim, as lojas serão obrigadas a efetuar trocas. De acordo com Eugênio, os "bons" comércios têm a política muita clara sobre o assunto. Os que não deixam isso como informação clara, terão que fazê-lo a partir das regras.
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