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Tarifa de ônibus vai elevar inflação de dezembro
Haverá fortes pressões de alta na inflação de dezembro, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de acordo com a previsão da coordenadora de índices de preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos. As influências de alta estarão concentradas no grupo de tarifas de ônibus urbano, que tem peso de 3,64% no IPCA.
Em dezembro, esse grupo será pressionado pelo reajuste de ônibus de 15% em São Paulo a partir de 30 de novembro e de 5,26% no Rio de Janeiro a partir de 4 de dezembro. Além disso, o grupo de transportes sofrerá impacto ainda do reajuste de táxi em São Paulo (9,37% a partir de 9 de dezembro) e do trem e metrô também em São Paulo (ambos 9,52% a partir de 30 de novembro).
Mas, apesar das pressões de alta, a tendência é que o reajuste dos alimentos perca ritmo a partir de dezembro, segundo avalia Eulina. Ela argumenta que alguns produtos alimentícios com forte peso no IPCA, como frango e carnes, já começaram a desacelerar os reajustes em novembro.
O grupo de produtos alimentícios, com alta de 1,05% em novembro, contribuiu com 0,21 ponto porcentual para o IPCA do mês (0,31%). Por outro lado, o grupo dos não alimentícios teve alta de 0,21%.
Segundo Eulina, os alimentos intensificaram a pressão na inflação em novembro por causa da entressafra de alguns produtos. Além disso, mesmo com o aumento de 3% na safra agrícola deste ano ante o ano passado, alguns produtos importantes na despesa das famílias tiveram a produção reduzida no período, como arroz (-13%), feijão da 3ª safra (-12%) e trigo (-45%). No entanto, ela destacou que vários itens alimentícios já começaram a desacelerar a alta em novembro em relação a outubro, tendência que deverá prosseguir em dezembro.
Inflação mais baixa desde 1998
A coordenadora do IBGE disse que já não há dúvida de que o resultado do IPCA em 2006 será o menor divulgado pelo instituto desde 1998, quando a inflação acumulou alta de 1,65%. De janeiro a novembro de 2006, o IPCA acumulou alta de 2,65%, segundo divulgou hoje o IBGE.
Eulina observou que, com os dados apurados até novembro, é possível adiantar que a inflação em 2006 foi bastante influenciada pelo dólar. "A economia brasileira é permeada pelo dólar em seus custos e o câmbio neste ano facilitou a importação de produtos, com impacto na inflação". Outro fator importante para conter a inflação em 2006, segundo Eulina, foi o crescimento da safra agrícola em 3% ante a safra do ano passado, que fez com que os alimentos contribuíssem para manter o IPCA reduzido na maior parte do ano.
Em dezembro, esse grupo será pressionado pelo reajuste de ônibus de 15% em São Paulo a partir de 30 de novembro e de 5,26% no Rio de Janeiro a partir de 4 de dezembro. Além disso, o grupo de transportes sofrerá impacto ainda do reajuste de táxi em São Paulo (9,37% a partir de 9 de dezembro) e do trem e metrô também em São Paulo (ambos 9,52% a partir de 30 de novembro).
Mas, apesar das pressões de alta, a tendência é que o reajuste dos alimentos perca ritmo a partir de dezembro, segundo avalia Eulina. Ela argumenta que alguns produtos alimentícios com forte peso no IPCA, como frango e carnes, já começaram a desacelerar os reajustes em novembro.
O grupo de produtos alimentícios, com alta de 1,05% em novembro, contribuiu com 0,21 ponto porcentual para o IPCA do mês (0,31%). Por outro lado, o grupo dos não alimentícios teve alta de 0,21%.
Segundo Eulina, os alimentos intensificaram a pressão na inflação em novembro por causa da entressafra de alguns produtos. Além disso, mesmo com o aumento de 3% na safra agrícola deste ano ante o ano passado, alguns produtos importantes na despesa das famílias tiveram a produção reduzida no período, como arroz (-13%), feijão da 3ª safra (-12%) e trigo (-45%). No entanto, ela destacou que vários itens alimentícios já começaram a desacelerar a alta em novembro em relação a outubro, tendência que deverá prosseguir em dezembro.
Inflação mais baixa desde 1998
A coordenadora do IBGE disse que já não há dúvida de que o resultado do IPCA em 2006 será o menor divulgado pelo instituto desde 1998, quando a inflação acumulou alta de 1,65%. De janeiro a novembro de 2006, o IPCA acumulou alta de 2,65%, segundo divulgou hoje o IBGE.
Eulina observou que, com os dados apurados até novembro, é possível adiantar que a inflação em 2006 foi bastante influenciada pelo dólar. "A economia brasileira é permeada pelo dólar em seus custos e o câmbio neste ano facilitou a importação de produtos, com impacto na inflação". Outro fator importante para conter a inflação em 2006, segundo Eulina, foi o crescimento da safra agrícola em 3% ante a safra do ano passado, que fez com que os alimentos contribuíssem para manter o IPCA reduzido na maior parte do ano.
Fonte:
AE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/255565/visualizar/
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