O marceneiro Paulo Henrique Cabral Cardoso, de 40 anos, acusado de matar a tiros a ex-mulher, o padrasto e a mãe dela foi condenado a 30 anos de prisão em regime fechado. O julgamento começou na manhã desta sexta-feira (15) e perdurou até as 04h deste sábado (16). Por maioria dos votos, os jurados entenderam que o acusado foi o responsável pelo triplo homicídio em Rondonópolis, cidade a 218 quilômetros de Cuiabá.
Antes de passar pelo Tribunal do Júri, Paulo Henrique ficou preso por três anos. Após a sentença, o Ministério Público Estadual (MPE) informou que pretende recorrer do resultado do julgamento por considerar o tempo de reclusão insuficiente. O crime ocorreu em setembro de 2009, no momento em que as vítimas almoçavam em um restaurante localizado no centro da cidade.
De acordo com o processo criminal, Paulo teve um relacionamento com a vítima por dois anos, no entanto, eles estavam separados por causa do comportamento agressivo do acusado. Porém, Paulo não aceitava a separação e constantemente procurava a vítima para que eles reatassem o casamento. A ex-mulher evitava Paulo e não atendia as ligações feitas por ele.
Crime ocorreu em 2009, depois que o acusado disparou contra a família. (Foto: Reprodução/TVCA)No processo, consta ainda o relato do acusado que explicou que chegou com ‘educação’ ao local e pretendia falar com a ex-mulher para saber o porquê que ela estaria o evitando. O padrasto da vítima teria se levantado, foi em direção dele e pediu para que Paulo esperasse pois a família estava almoçando.
Em reação, o acusado iniciou os disparos, sendo um tiro disparado contra a cabeça do padrasto, quatro na ex-mulher e um tiro na cabeça da sogra. Apenas a última chegou a ser encaminhada para o Hospital Regional de Rondonópolis, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na unidade de saúde, enquanto os outros faleceram no restaurante.
Uma outra mulher, que estava sentada na mesa ao lado da família, também foi atingida por um tiro nas costas. Ela disse, em depoimento, que viu o momento dos disparos e se escondeu debaixo da mesa. Na época, a mulher foi socorrida e sobreviveu após passar dias internada. Ela também foi uma das testemunhas de acusação no júri.
Ao G1, o advogado de defesa do acusado, Nelson Pereira Lopes, disse que o crime foi passional e que o cliente ainda é "doente de amor" pela ex-mulher. "A análise que fazemos é da ação provocada pela reação, sendo que o motivo foi porque o padrasto dela estava impedindo que ele falasse com ela", declarou.
O marceneiro vai cumprir a sentença na Penitenciária Regional Major Eldo de Sá Corrêa, conhecida como Mata Grand
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