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Policia MT
Sábado - 16 de Março de 2013 às 08:51
Por: Michael Roxadelli

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Um dos tiros atingiu a lateral do carro; o outro acertou o rosto do médico, que morreu na hora
Um dos tiros atingiu a lateral do carro; o outro acertou o rosto do médico, que morreu na hora
A Polícia Civil de Guarantã do Norte (a 721 km de Cuiabá) descartou a possibilidade de que seja latrocínio a causa do assassinato do médico Nelson Uemura, 65, ocorrido no fim da tarde de quinta-feira (14), na BR-163.

 
 
Segundo as informações, uma das principais suspeitas é de que o médico, que era ortopedista, tenha sido executado por causa de um procedimento questionado pela família de um paciente, na cidade. 

 
 
Uemura foi alvo de uma emboscada no momento em que parou seu carro, uma caminhonete, num cruzamento com a rodovia, em cujas margens está situada Guarantã. 

 
 
Dois homens em uma moto pararam ao lado do carro e o que estava garupa fez  2 disparos de revólver. 
 
Um tiro acertou a lateral do carro e o outro atingiu o médico no maxilar do lado esquerdo. O crime aconteceu por volta das 17h10 (Leia mais AQUI).

 
 
Segundo o delegado de Guarantã, Antonio Goes de Araújo, as investigações estão na fase inicial e as testemunhas ainda não foram ouvidas. 

 
 
A viúva de Uemura também será ouvida quando voltar para a cidade, depois do enterro, realizado ontem, em Cuiabá. 

 
 
O médico deixou 4 filhos, sendo um deles uma menina de apenas 4 meses. 

 
 
Ele morava na cidade há pouco mais de 5 anos e fazia plantões também em um hospital de Colíder (650 km ao Norte da Capital). 

 
 
Ameaças e terror


 
Reportagem de A Gazeta, neste sábado (16), informa que Nelson Uemura teria sido ameaçado por um paciente e sua família, por causa da amputação de uma perna, já que teriam considerado a intervenção como "erro médico". 

 
 
O MidiaNews antecipou essa possibilidade, em nota na coluna "Fogo Amigo".

 
 
Segundo o jornal, na cidade, o clima é "de terror" e os médicos estão assustados com o segundo crime, em menos de um ano. 

 
 
Em setembro do ano passado, a médica Valéria Xavier foi baleada dentro de seu consultório, por se negar a dar um atestado médico a um policial. 

 
 
Segundo a presidente do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM- MT), Dalva Alves das Neves, o clima de insegurança na cidade é grande e muitos médicos falam em sair de Guaran-
tã do Norte, por causa do medo. 



 
A médica disse ao jornal que os profissionais que trabalhavam com Nelson Uemura confirmaram que ele sofreu ameaças. Familiares da vítima estão muito abalados com a morte repentina do médico. 

 
 
Citando um sobrinho do médico, o jornal informa que os familiares ainda não sabem qual seria a motivação para o crime, pois as únicas informações que eles receberam foram de amigos de Nelson Uemura. 

 
 
Robson Uemura, que também é médico, não descartaria a possibilidade de uma execução encomendada por um paciente revoltado.



 
“Eu, como médico, sei que é comum sermos ameaçados no sistema público de Saúde. Estamos aguardando as investigações da Polícia”, disse, na entrevista.

 
 
Latrocínio



 
O delegado Antônio Goes de Araújo informou que a única hipótese descartada, nesse momento, é o latrocínio (roubo seguido de morte), tendo em vista que nada foi levado da vítima. 

 
 
As provas são analisadas e as testemunhas serão ouvidas. 

 
 
“Não falarei sobre as linhas de investigações, por enquanto, para não atrapalhar o trabalho. Mas, várias possibilidades são investigadas”, disse o policial.

 
 
O CRM-MT irá enviar um ofício à Secretaria de Estado de Segurança Pública, pedindo que o caso seja esclarecido





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