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Sábado - 16 de Março de 2013 às 08:17

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O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o MT Saúde, deputado estadual Walter Rabello (PSD), afirma que está mais do que provado que houve, sim, improbidade administrativa na gestão do Plano, mas que ainda será analisado para confirmação de quem foi a responsabilidade, numa má gestão que resultou em um rombo milionário. 

Anteriormente o social-democrata declarou que Gelson Esio Smorcinski, que geriu o MT Saúde, relatou que era o ex-secretário de Administração César Zílio quem “dava as cartas” e que ele somente cumpria ordens, praticamente imputando ao gestor a culpa pelo desvio. Contudo, agora ele destaca que sabe que houve má gestão sim e que milhões foram desviados, mas que isso não é ele quem aponta, e sim o Tribunal de Contas do Estado. 

“Houve um erro de administração. César Zílio vai vir aqui na Assembleia depor na CPI do MT Saúde. Houve improbidade, agora de quem tem que ser investigado. Eu não aponto nada (em relação ao rombo). Eu confio é no relatório do Tribunal de Contas do Estado”, reiterou. 

A CPI deverá ainda convocar para as próximas oitivas os hospitais da rede credenciada, o Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado de Mato Grosso (Sindesmat), o Sindicato dos Servidores Públicos de Mato Grosso, o ex-secretário César Zílio e o ex-presidente do plano Yuri Bastos. 

Rabello afirma ainda que está comprovado que o MT Saúde não é autossustentável, conforme afirmou o ex-presidente Yuri Bastos em recente visita a reunião da CPI. “A divida do MT Saúde é alta e não é possível manter o plano somente com o pagamento das mensalidades dos servidores. O governo precisa subsidiar”. 

Acredita-se que R$ 20 milhões tenham sido desviados. Agora, o principal foco da comissão é descobrir quem recebeu o montante, que apesar de não ter ser utilizado para o plano, continuou sendo descontado dos servidores. Assim que houver a conclusão da apuração, prevista para os próximos dias, o relatório dos trabalhos da CPI será encaminhado para o Ministério Público Estadual (MPE) e outros órgãos fiscalizadores. 

Ainda na última semana, representantes de hospitais credenciados ao MT Saúde declararam que não houve a contratação de nenhuma empresa para realização de auditoria e que esta era realizada pelas próprias instituições de forma interna. Apenas um dos hospitais que eram credenciados recebeu a visita de auditor, no caso o Hospital Ortopédico. 

Os impasses com os atrasos de repasses teriam começado em julho de 2011 e duraram ao menos com o Hospital Santa Rosa, até fevereiro de 2012. A dívida de R$ 73 milhões do plano ainda não foi inteiramente quitada, como anunciou o governo no início de fevereiro. O Hospital São Matheus ainda tem pendente o pagamento de cerca de R$ 5 milhões. (PV) 




Fonte: Do DC

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