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Internacional
Quarta - 06 de Dezembro de 2006 às 17:12

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Após a divulgação do Grupo de Estudos sobre o Iraque, um comitê bipartidário formado para reavaliar a política norte-americana no país, o vice-presidente da Síria, Farouq al-Sharaa, disse que seu país e o Irã estão prontos para ajudar. "Os dois países são vizinhos do Iraque, e sem o envolvimento deles será difícil encontrar uma solução para a difícil situação do Iraque", estimou ele numa entrevista coletiva em Damasco.

"Não somos arrogantes ao ponto de dizer que a Síria e o Irã podem resolver o problema do Iraque. Nem toda a comunidade internacional pode ser capaz de resolvê-lo", ponderou. "Mas deixe-os (os americanos) serem um pouco mais modestos e aceitar quem quer que tenha condições de ajudar", acrescentou. O Irã e a Síria têm influência sobre os dois lados da crescente violência sectária no Iraque. Teerã têm laços próximos com partidos xiitas que dominam o governo, enquanto Damasco tem ligações com os sunitas.

Bush acusa o Irã de apoiar milícias xiitas envolvidas no assassinato de sunitas, e a Síria de oferecer refúgio para insurgentes sunitas, acusações negadas pelos dois lados. O embaixador sírio em Washington, Imad Moustapha, disse que seu país está disposto a pressionar os árabes sunitas iraquianos a apoiar o processo de paz. Mas a Síria quer garantias de que os Estados Unidos não permitirão a partição do Iraque.

"Nenhuma parte tem um varinha de condão", afirmou Moustapha, que participa do Fórum de Estratégia Árabe em Dubai. "Nosso interesse nacional maior é preservar a integridade territorial do Iraque." Ele pediu a realização de uma conferência de todos os setores iraquianos - incluindo sunitas que apóiam a insurgência mas não tenham ligações com a Al-Qaeda - junto com países da região.

Pela ajuda, a Síria pode querer que os EUA parem de resistir à sua influência no Líbano, onde Washington apóia fortemente o governo anti-sírio. Damasco também busca a retomada das negociações de paz com Israel, esperando retomar as Colinas do Golã, tomadas pelo Estado judeu em 1967. Já o Irã tem exigido a retirada das tropas americanas do Iraque, o que permitiria uma aproximação maior do governo liderado pelos xiitas com Teerã.

Terça-feira, na conferência em Dubai, o chefe do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã, Ali Larijani, pediu que os EUA apresentem um cronograma para a retirada das tropas do Iraque, que seria um primeiro passo para a saída de todas as forças americanas do Oriente Médio. O Irã quer que Washington reconheça seu programa nuclear, que os EUA afirmam visa desenvolver armas atômicas. Teerã garante que seu objetivo exclusivo é a produção de energia.





Fonte: AE/AP

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