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Internacional
Quarta - 06 de Dezembro de 2006 às 15:09

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O presidente boliviano, Evo Morales, disse na segunda-feira que uma onda de greves de fome, além dos protestos de governadores que exigem mais autonomia, teria como objetivo dividir o país. Morales fez a denúncia na cidade de Santa Cruz, depois de reunir-se com o cardeal Julio Terrazas, em meio à disputa em torno das normas de funcionamento de uma Assembléia Constituinte instalada em agosto.

"Morales advertiu que há setores interessados em dividir a Bolívia para reivindicar a autonomia e inclusive a independência de seus Departamentos (Estados)", disse a Agência Boliviana de Informação (ABI), estatal.

"Agora me dou conta por que a maior parte dos bolivianos não quis autonomia, porque a autonomia é entendida como divisão, como separação", declarou Morales, segundo a ABI. Ele disse também que está disposto apenas a apoiar um regime de autonomias que garanta a unidade nacional.

A tensão política continua alta na Bolívia, apesar de o presidente ter se comprometido, durante encontro no domingo, a obter um recesso nas sessões da Assembléia Constituinte para abrir espaço ao diálogo.

Mas os governadores dos Departamentos de Santa Cruz e Beni declararam na segunda-feira uma greve de fome e exigiram, a exemplo de cerca de quinhentos políticos da direita, que a administração dê mais poder às minorias de oposição na Constituinte, que Morales quer usar para "refundar" o país.

O governo pediu, através do porta-voz Alex Contreras, uma trégua à oposição política e aos comitês cívicos, sugerindo que suspendam as medidas de pressão antes da Segunda Cúpula Sul-Americana, que será realizada nos dias 8 e 9 em Cochabamba.





Fonte: 24HorasNews

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