Parlamento australiano autoriza clonagem de embriões
Falando em prol da iniciativa na Câmara, o ministro da Defesa Brendan Nelson disse que sua geração havia recebeu "enormes benefícios do esforço e da sensatez daqueles que abriram o difícil caminho" dos trabalhos científicos e legislativos do tema das células-tronco. "Devemos mostrar à próxima geração a mesma prudência e também o mesmo valor", disse Nelson.
Contra o projeto, o primeiro-ministro John Howard afirmou: "Decidi votar contra esta legislação porque, em algum momento, alguém tem que tomar uma posição em relação a alguns valores em nossa sociedade". Devido à controvérsia gerada pelo assunto, todos os partidos liberaram seus representantes para votarem com base em sua consciência e não em acordos partidaristas, o que é raro entre os deputados australianos.
Segundo especialistas, a pesquisa com célula-tronco permitirá o desenvolvimento de tratamentos para a cura de doenças como os males de Parkinson e Alzheimer, assim como diabete, artrite e muitas outras. Em 2002, o parlamento aprovou as primeiras leis sobre o uso de células-tronco na Austrália. Elas permitiam que os cientistas extraíssem as células de embriões concebidos em laboratório, mas proibiam sua clonagem. A nova legislação libera a clonação terapêutica - a reprodução de células cutâneas para gerar células-tronco.
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