Repórter News - reporternews.com.br
Nacional
Terça - 05 de Dezembro de 2006 às 11:15

    Imprimir




São Paulo - A aquisição do BankBoston alçou o Itaú à liderança do ranking dos bancos privados brasileiros pelo critério de ativos totais. A instituição da família Setubal superou o arqui-rival Bradesco no levantamento que o Banco Central (BC) faz ao final de cada trimestre. O dado relativo ao último dia útil de setembro foi colocado no site do BC ontem.

Os ativos totais do Itaú saíram de R$ 166,2 bilhões no fim de junho para R$ 201,3 bilhões em setembro. Com essa evolução, que decorre principalmente da incorporação das operações do BankBoston, o Itaú também deixou para trás a Caixa Econômica Federal (CEF). Passou, portanto, à vice-liderança do ranking geral do setor, atrás apenas do Banco do Brasil.

Na tabela do BC de junho de 2006, os ativos totais do BankBoston somavam R$ 22 bilhões, que o colocavam na 13ª colocação do ranking. A compra do banco americano foi anunciada pelo Itaú em maio e concluída em agosto.

Nesse período, os ativos totais do Bradesco saíram de R$ 187,7 bilhões para R$ 195,7 bilhões. O Banco do Brasil, que tinha ativos totais de R$ 273,8 bilhões, passou a R$ 281,6 bilhões. Em termos de depósitos, o Bradesco ainda supera o Itaú, com R$ 78,9 bilhões, ante R$ 56,4 bilhões.

A distância que o Itaú abriu do Bradesco equivale ao tamanho de um banco como Basa, o Banco da Amazônia, que no fim de setembro era o 24º colocado no ranking elaborado pelo Banco Central.

Durante encontro com analistas, nesta segunda-feira, o presidente do Itaú, Roberto Setubal, afirmou que a carteira de crédito do banco em 2007 será impulsionada pelos empréstimos para pessoa física, com avanço de 30%.

Nos 12 meses até setembro de 2006, esse segmento - que inclui cartão de crédito, empréstimos pessoais, consignado e financiamento de veículos - cresceu 41,4% no banco, para US$ 36,2 bilhões. A cifra ainda não inclui a incorporação da carteira do BankBoston.

PEQUENAS E MÉDIAS - De acordo com Setubal, a carteira de crédito voltada para pessoas jurídicas deve crescer 10% no ano que vem. O destaque, relatou o executivo, ficará por conta do segmento de pequenas e médias empresas. “No caso de pessoas jurídicas, excluindo o Itaú BBA (que atua com as grandes empresas), estamos falando crescimento de 20% a 25%, onde a margem é muito maior”, detalhou Setubal.

O presidente do Itaú disse que ainda há muito espaço para ampliação do crédito no Brasil. Atualmente, a oferta de empréstimos por todo o sistema financeiro corresponde a pouco mais de 30% do Produto Interno Bruto.





Fonte: Reuters

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/256289/visualizar/