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Repórter News - reporternews.com.br
Nacional
Segunda - 04 de Dezembro de 2006 às 15:05

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O ministro da Defesa do Brasil, Valdir Pires, negou hoje que a segurança aérea do país esteja comprometida pela existência de áreas fora do controle dos radares, como denunciaram controladores de vôo.

Segundo as denúncias, a cobertura deficiente da atividade no espaço aéreo e a falta de manutenção dos equipamentos podem provocar novos acidentes, como o ocorrido em 29 de setembro, no qual perderam a vida os 154 ocupantes do Boeing 737-800 da Gol que se chocou com um avião executivo do tipo Legacy.

As primeiras investigações responsabilizam os controladores de vôo pelo acidente, por não terem alertado o Legacy que estava fora de sua rota, nem o Boeing de que vinha outro avião em sua direção.

Também foi questionada a conduta dos pilotos do avião executivo, os americanos Joseph Lepore e Jean-Paul Paladino, que continuam retidos no Brasil.

As autoridades também averiguam possíveis falhas dos equipamentos de navegação do Legacy, que fazia seu vôo inaugural.

O ministro Pires disse hoje que confia em todas as informações fornecidas pela Aeronáutica (Força Aérea), que por sua vez nega a existência no espaço brasileiro de "buracos negros" ou "pontos cegos" para o controle das torres.

Dois dos controladores aéreos denunciaram à revista "Época" que o funcionamento do sistema de aviação civil no Brasil é precário em algumas regiões e põe em risco a segurança de tripulações e passageiros.

"Não é casual o lugar onde ocorreu o acidente. Em minha zona de controle, essa área é cega, surda e muda", afirmou um controlador que opera na região amazônica, onde caiu o Boeing da Gol.

"A zona cega existe. É uma área muito grande, maior que vários estados (brasileiros). Compreende o norte do Mato Grosso (centro-oeste), Tocantins (centro-norte) e chega à Bahia (nordeste)", disse outro dos controladores entrevistados por "Época" em sua edição deste fim de semana.

"Conforme o informado pelo Comandante da Aeronáutica (...), não há ''buraco negro'' na faixa de altitude usada pela aviação comercial", assinala uma nota oficial emitida após a divulgação dos testemunhos na revista.





Fonte: EFE

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