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Nacional
Domingo - 03 de Dezembro de 2006 às 15:52

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Antes da CPI do Tráfico de Armas apontar Ponta Porã (MS) e Pedro Juan Caballero, no Paraguai, como uma das rotas das armas que são trazidas ilegalmente ao País, as duas cidades fronteiriças já constaram em documentos de serviços de inteligência e noticiário sobre o crime organizado internacional. A região é conhecida por ser uma das principais rotas do tráfico internacional de drogas. As duas cidades estão nos arredores de uma das maiores zonas produtoras de maconha na América do Sul.

O juiz federal Odilon de Oliveira, com base em informações de serviços de inteligência do Brasil e do Paraguai, estima que existam pelo menos 2 mil hectares ocupados pelo cultivo da maconha no departamento (Estado) de Amambay, do qual Pedro Juan Caballero é a capital. A fronteira também é entreposto a cocaína da Colômbia e da Bolívia. Entre 2004 e 2005, foram condenados pela Justiça Federal mais de 100 traficantes - alguns deles por tráfico internacional de drogas.

Com uma rede ampla de comunicações e de bancos, a região também foi apontada nos anos 90 como um dos principais pontos para a lavagem de dinheiro oriunda do crime organizado e da corrupção. O Banco Central detectou que, entre 1992 e 1998, foram remetidos para o exterior R$ 1,26 bilhão por meio de contas CC-5 (de brasileiros não residentes no País). Em boa parte das remessas, a polícia e a Receita Federal descobriram que os correntistas eram fantasmas ou laranjas (gente que empresta o nome para os donos do dinheiro). O orçamento de Ponta Porã, um município de cerca de 60 mil habitantes, é de R$ 64 milhões para este ano é de 2006.





Fonte: Terra

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