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Polícia Brasil
Domingo - 03 de Dezembro de 2006 às 15:38

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Depois de comandar por três anos a Delearm, delegacia da PF em Mato Grosso do Sul especializada no combate ao tráfico de armas, o delegado afirma que um dos meios mais eficazes para estabelecer controle sobre as armas que circulam na fronteira é a integração das autoridades dos dois países.

"Este é um delito transnacional e para combatê-lo não há outra saída que não seja a integração entre as polícias. De certa maneira, este é um processo que vem numa crescente. Começou com iniciativas pontuais e vem se institucionalizando aos poucos", afirma o delegado, que foi uma das principais fontes da CPI do Tráfico de Armas, concluída pelo Congresso em novembro.

Na geopolítica do tráfico de armas na América do Sul, o delegado afirma que Pedro Juan Caballero, no Paraguai, e Ponta Porã (MS) exercem um papel secundário, mais caracterizado pelo início em pequena escala. "Pelo que sabemos, a principal rota de entrada de armas no Brasil através do Paraguai ou da Argentina, passa pelo sul do País. Aqui acontece mais o tráfico 'formiguinha'", diz, referindo-se ao modo de operar dos traficantes, que levam pequenos carregamentos da fronteira aos principais centros.

A opinião do delegado contrasta com algumas das conclusões do relatório final da CPI. Segundo o documento, a região de Pedro Juan Caballero é uma das principais fornecedoras das armas usadas por facções criminosas como o Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo, e o Comando Vermelho, do Rio de Janeiro.





Fonte: Terra

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