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Polarizada, Venezuela escolhe hoje novo presidente
Os eleitores venezuelanos vão às urnas neste domingo com o país polarizado e num clima de tensão e expectativa, não apenas sobre quem será o novo presidente eleito, mas principalmente sobre a tranqüilidade do processo eleitoral.
Neste sábado, as autoridades eleitorais e do governo passaram o dia dando entrevistas, conclamando os eleitores a votar e dizendo que o país vivia um clima de calma e normalidade.
Os 16 milhões de eleitores registrados poderão escolher entre 18 candidatos de 86 partidos diferentes. Mas a disputa acontece mesmo entre o presidente Hugo Chávez, candidato à reeleição por uma coalizão de 24 partidos e o governador do estado de Zulia, Manuel Rosales, candidato de um grupo de 42 partidos, de várias tendências, que se uniram para tentar derrotar a reeleição de Chávez.
Chávez está no poder desde 1998, quando se elegeu pela primeira vez. No ano seguinte, mudou a Constituição, que instituiu o mandato de seis anos com a possibilidade de uma reeleição, e em 2000 se submeteu a um novo pleito.
Numa entrevista nesta quinta-feira, último dia da campanha, Chávez disse que se for reconduzido ao cargo, vai mudar a Constituição para acabar com o limite de número de reeleições. A Assembléia Legislativa, eleita no ano passado, é totalmente controlada pelo governo, já que a oposição se retirou da disputa, alegando que não haveria garantia de que não ocorreriam fraudes.
Uso da máquina Neste sábado, Chávez disse que vai dedicar a vitória ¿ que ele dá como certa ¿ ao líder cubano Fidel Castro. Também disse que, se eleito, vai aprofundar a revolução bolivariana.
Na sexta-feira, numa entrevista com a imprensa estrangeira, o candidato oposicionista Rosales reclamou do uso da máquina pública por parte do governo. Ele mostrou vários recortes de jornais venezuelanos com anúncios com fotos de Chávez inaugurando obras públicas, embora a campanha já estivesse proibida naquele dia.
"Fizemos uma campanha com todas as dificuldades, contra o indevido uso do poder e das instituições venezuelanas, mas vamos ganhar", afirmou Rosales.
Um levantamento do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) divulgado esta semana mostra que Chávez apareceu 40 vezes mais na televisão estatal do que o candidato da oposição. Como não existe uma legislação eleitoral que regule o assunto, O CNE diz que o candidato não pode ser punido por isso.
Neste sábado, embora a campanha esteja proibida, Chávez ainda aparecia na televisão inaugurando obras ¿ vestindo vermelho, a cor de sua campanha eleitoral.
Compras O movimento foi intenso nos supermercados nos supermercados de Caracas neste sábado de manhã, com pessoas estocando comida, e filas nos postos de gasolina.
Os venezuelanos ainda têm muito presente na memória os dois golpes de Estado vividos pelo país nos últimos 15 anos ¿ aquele liderado por Chávez, em 1992, e o sofrido por ele quando já era presidente eleito, em 2002.
Além disso, a oposição a Chávez passou os últimos anos, especialmente depois do referendo, em 2004, afirmando que o processo eleitoral não era confiável.
Em função disso, existe uma grande desconfiança no país sobre a segurança do processo eleitoral, que é automatizado. Pesquisas mostram que apenas metade dos eleitores confia na honestidade do sistema. A máquina registra o voto e emite um comprovante em papel, que deve ser depositado na urna. Para a apuração, 54% das urnas terão os papéis contados para verificar se eles batem com o resultado apresentado eletronicamente.
Vicente Díaz, um dos diretores do CNE, pediu que a população fique calma e vote "sem medo" porque o segredo e a segurança do voto serão respeitadas. Disse que as pessoas "não têm por que ficar nervosas, porque não vai acontecer absolutamente nada".
Votação As Forças Armadas são responsáveis pela segurança e a logística do processo de votação, no chamado Plano República, que terá a participação de 126 mil policiais e militares.
Desde a meia-noite deste sábado até a meia-noite de domingo estão proibidas as reuniões públicas. A venda de bebidas alcoólicas está proibida entre meio-dia de sábado até o meio-dia de segunda-feira.
O voto na Venezuela não é obrigatório, e o CNE estima que a participação nesta eleição será superior a 70%, maior do que a média histórica.
A eleição é em apenas um turno, e o candidato que ficar em primeiro lugar vence, sem necessidade de um número mínimo de votos.
As urnas ficam abertas entre 6 horas da manhã e 16 horas do horário local (8h e 18h de Brasília), mas se houver filas, os postos de votação terão seu fechamento adiado. A apuração só começa quando todos postos estiverem fechados e segundo as autoridades eleitorais, estará concluída em três horas.
Neste sábado, as autoridades eleitorais e do governo passaram o dia dando entrevistas, conclamando os eleitores a votar e dizendo que o país vivia um clima de calma e normalidade.
Os 16 milhões de eleitores registrados poderão escolher entre 18 candidatos de 86 partidos diferentes. Mas a disputa acontece mesmo entre o presidente Hugo Chávez, candidato à reeleição por uma coalizão de 24 partidos e o governador do estado de Zulia, Manuel Rosales, candidato de um grupo de 42 partidos, de várias tendências, que se uniram para tentar derrotar a reeleição de Chávez.
Chávez está no poder desde 1998, quando se elegeu pela primeira vez. No ano seguinte, mudou a Constituição, que instituiu o mandato de seis anos com a possibilidade de uma reeleição, e em 2000 se submeteu a um novo pleito.
Numa entrevista nesta quinta-feira, último dia da campanha, Chávez disse que se for reconduzido ao cargo, vai mudar a Constituição para acabar com o limite de número de reeleições. A Assembléia Legislativa, eleita no ano passado, é totalmente controlada pelo governo, já que a oposição se retirou da disputa, alegando que não haveria garantia de que não ocorreriam fraudes.
Uso da máquina Neste sábado, Chávez disse que vai dedicar a vitória ¿ que ele dá como certa ¿ ao líder cubano Fidel Castro. Também disse que, se eleito, vai aprofundar a revolução bolivariana.
Na sexta-feira, numa entrevista com a imprensa estrangeira, o candidato oposicionista Rosales reclamou do uso da máquina pública por parte do governo. Ele mostrou vários recortes de jornais venezuelanos com anúncios com fotos de Chávez inaugurando obras públicas, embora a campanha já estivesse proibida naquele dia.
"Fizemos uma campanha com todas as dificuldades, contra o indevido uso do poder e das instituições venezuelanas, mas vamos ganhar", afirmou Rosales.
Um levantamento do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) divulgado esta semana mostra que Chávez apareceu 40 vezes mais na televisão estatal do que o candidato da oposição. Como não existe uma legislação eleitoral que regule o assunto, O CNE diz que o candidato não pode ser punido por isso.
Neste sábado, embora a campanha esteja proibida, Chávez ainda aparecia na televisão inaugurando obras ¿ vestindo vermelho, a cor de sua campanha eleitoral.
Compras O movimento foi intenso nos supermercados nos supermercados de Caracas neste sábado de manhã, com pessoas estocando comida, e filas nos postos de gasolina.
Os venezuelanos ainda têm muito presente na memória os dois golpes de Estado vividos pelo país nos últimos 15 anos ¿ aquele liderado por Chávez, em 1992, e o sofrido por ele quando já era presidente eleito, em 2002.
Além disso, a oposição a Chávez passou os últimos anos, especialmente depois do referendo, em 2004, afirmando que o processo eleitoral não era confiável.
Em função disso, existe uma grande desconfiança no país sobre a segurança do processo eleitoral, que é automatizado. Pesquisas mostram que apenas metade dos eleitores confia na honestidade do sistema. A máquina registra o voto e emite um comprovante em papel, que deve ser depositado na urna. Para a apuração, 54% das urnas terão os papéis contados para verificar se eles batem com o resultado apresentado eletronicamente.
Vicente Díaz, um dos diretores do CNE, pediu que a população fique calma e vote "sem medo" porque o segredo e a segurança do voto serão respeitadas. Disse que as pessoas "não têm por que ficar nervosas, porque não vai acontecer absolutamente nada".
Votação As Forças Armadas são responsáveis pela segurança e a logística do processo de votação, no chamado Plano República, que terá a participação de 126 mil policiais e militares.
Desde a meia-noite deste sábado até a meia-noite de domingo estão proibidas as reuniões públicas. A venda de bebidas alcoólicas está proibida entre meio-dia de sábado até o meio-dia de segunda-feira.
O voto na Venezuela não é obrigatório, e o CNE estima que a participação nesta eleição será superior a 70%, maior do que a média histórica.
A eleição é em apenas um turno, e o candidato que ficar em primeiro lugar vence, sem necessidade de um número mínimo de votos.
As urnas ficam abertas entre 6 horas da manhã e 16 horas do horário local (8h e 18h de Brasília), mas se houver filas, os postos de votação terão seu fechamento adiado. A apuração só começa quando todos postos estiverem fechados e segundo as autoridades eleitorais, estará concluída em três horas.
Fonte:
BBC Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/256733/visualizar/
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