O Credit Suisse aceitou pagar pelo menos US$ 400 milhões para resolver processos de investidores a respeito do papel do banco suíço na captação de recursos para uma companhia de financiamento no setor de saúde, que desmoronou num escândalo de fraude de US$ 2,9 bilhões há mais de uma década.
O acordo evita um julgamento em tribunal federal cujo início era agendado para daqui a duas semanas. O processo deriva de atividades da National Century Financial Enterprises, que pediu concordata em novembro de 2002.
Investidores acusaram o Credit Suisse de vender notas da National Century e defender a qualidade de seu crédito apesar de estar ciente de que a empresa fez mau uso dos recursos de investidores, a o mesmo tempo ignorando sinais de que o co-fundador e presidente-executivo da National Century, Lance Poulsen, arquitetou a fraude. "Esse acordo representa uma resolução completa e final desse litígio de investidores contra o Credit Suisse", disse o Credit Suisse em comunicado nesta quinta-feira.
O Credit Suisse pagará US$ 400 milhões a um grupo de queixosos que inclui o Estado de Arizona, AllianceBernstein e a unidade Pimco, da Allianz, disse sua advogada, Kathy Patrick do escritório Gibbs & Bruns, em entrevista ao telefone. Além do acordo de US$ 400 milhões com os clientes do Gibbs & Bruns, o Credit Suisse também acertou resoluções separadas com o Lloyds e a MetLife.
O porta-voz do Lloyds Ed Peter confirmou que houve um acordo mas disse que os termos são confidenciais. O porta-voz da MetLife Christopher Breslin disse que sua companhia chegou a uma "resolução amigável" no caso, acrescentando que está feliz em dar fim a esse assunto.
O Credit Suisse disse que a resolução vai reduzir seu lucro líquido no quarto trimestre, que já havia sido anunciado, em 134 milhões de francos suíços (US$ 141 milhões), de 397 milhões de fracos suíços para 263 milhões.
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