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Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Sábado - 02 de Dezembro de 2006 às 06:00

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Dois anos depois de os eleitores da Califórnia terem aprovado, num plebiscito, a criação de um fundo estadual para financiar pesquisas com células-tronco, US$ 181 milhões começarão a fluir para cientistas que se dedicam ao assunto. O estudo das células-tronco é um campo prejudicado, financeira e politicamente, pela oposição do presidente George W. Bush e de setores conservadores da sociedade americana a esse tipo de pesquisa, que pode envolver a destruição de embriões humanos.

O centro criado para administrar o fundo, Instituto Californiano de Medicina Regenerativa, já havia conseguido destinar US$ 14 milhões em "doações de treinamento" para jovens cientistas, mas só em 2007 o dinheiro finalmente chegará, em sua maior parte, a cientistas experientes, prontos para levar a ciência das células-tronco para além do laboratório. Mas os pesquisadores não esperam que o poder de cura das células-tronco - que, em teoria, poderiam ser usadas para regenerar qualquer tecido do corpo humano - cheque ao público no futuro próximo. A pesquisa ainda está num estágio inicial.

"Nossa aspiração é curar doenças", disse Zach Hall, presidente e principal cientista do instituto. "Mas não dá para fazer isso com um estalar os dedos". Hall afirma que a meta imediata do instituto é trazer "gente nova e idéias novas para o campo". O fundo californiano, criado a partir da votação de uma medida chamada Proposta 71, surgiu como reação à decisão de Bush, de limitar o financiamento público federal para pesquisas com células-tronco a cerca de US$ 25 milhões anuais, e impor duas limitações ao tipo de pesquisa que poderia contar com essa verba.

O eleitorado californiano aprovou, em 2004, a criação do instituto, autorizado a assumir dívidas e investir até US$ 3 bilhões ao longo de 10 anos. Ações judiciais, no entanto, estão impedindo a instituição de ir ao mercado financeiro para levantar verbas. A próxima rodada de dotações, portanto, virá de um empréstimo contraído junto ao Estado e de doações filantrópicas.





Fonte: AE/AP

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