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Nacional
Sexta - 01 de Dezembro de 2006 às 23:24

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A Justiça Estadual pediu providências à Polícia Federal e ao Ministério das Relações Exteriores para investigar o caso do estudante Lucas Rafael Bega da Cunha, de 22 anos, que morreu em Amsterdã em setembro 2002 e cujo corpo não foi localizado até hoje. Lucas, que morava em São José do Rio Preto (SP), tinha engolido 80 cápsulas com cocaína, mas conseguiu expelir somente 20 delas ao chegar à Holanda.

Sua morte só foi confirmada em maio deste ano, em relato feito à polícia pelo traficante Israel de Oliveira, de 27 anos, que o acompanhava. Morador em Rio Preto, Israel contou numa agenda o sofrimento de Lucas ao não conseguir expelir as cápsulas, antes de morrer. A agenda foi apreendida pela polícia.

O pedido de investigação foi feito pelo juiz da 4ª Vara Criminal de Rio Preto, Emílio Migliano Neto. Segundo ele, o objetivo é localizar o corpo, satisfazer a família de Lucas e alertar a polícia brasileira de que o tráfico feito por jovens que usam o corpo para transportar drogas continua sendo feito do Brasil para a Holanda. De acordo com o juiz, há informações de que em casos de morte, os corpos são abertos para retirada da droga e dispensados pelos próprios traficantes.

No caso de Lucas, segundo o juiz, Israel disse que o deixou próximo de um hospital. "Como nos últimos depoimentos Israel deu informações mais detalhadas e a localização do hospital, estamos tentando esclarecer o caso", disse. Israel é filho de Valdemar de Oliveira, conhecido como o "Barão do Ectasy", preso em 2005. Pai e filho lideravam uma das maiores quadrilhas de traficantes do País. O bando buscava cocaína no Peru e levava para a Holanda, de onde trazia comprimidos de ecstasy.





Fonte: AE

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