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Cidades/Geral
Sexta - 01 de Dezembro de 2006 às 13:42

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A Polícia Federal realiza nesta sexta-feira a Operação Licomedes, que tem como objetivo desarticular uma quadrilha que vinha fraudando o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). De acordo com a Previdência Social, o prejuízo causado ao órgão é superior a R$ 5 milhões e está relacionado à concessão de benefícios a pessoas mortas ou inexistentes, colocadas no sistema por funcionários do INSS que faziam parte do esquema. Trata-se da maior fraude previdenciária já investigada pela PF no Amapá. Estão sendo cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão também nos Estados do Pará, São Paulo, Goiás e Minas Gerais.

As investigações, promovidas por força-tarefa previdenciária, composta pela Polícia Federal, Ministério Público Federal e Ministério da Previdência Social, tiveram início em 2002. Entre os mandados de prisão, três foram expedidos contra servidores do INSS - um de Macapá e dois do Pará. Eles se encarregavam de inserir informações falsas nos sistemas e posteriormente conceder os benefícios.

Os pagamentos eram feitos a pessoas mortas anos antes do pedido de concessão, bem como a pessoas inexistentes. Também eram inseridos vínculos empregatícios com empresas inativas que, posteriormente, negaram conhecer qualquer serviço prestado pelos supostos funcionários. O bando se utilizava de familiares e pessoas próximas para aplicar os golpes. Foram investigados 60 benefícios previdenciários, dos quais 50 permaneciam ativos.

O nome da operação - Licomedes - significa aquele que é tão astucioso quanto um lobo. Na tradução mitológica, representa o rei da Ilha de Ciros, famoso por sua astúcia, versatilidade e pelas variadas artimanhas de que se utilizava para se esquivar das responsabilidades.





Fonte: AE

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