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Repórter News - reporternews.com.br
Nacional
Quinta - 30 de Novembro de 2006 às 22:33

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O radiotelescópio de Arecibo, o maior de seu tipo no mundo e que há quatro décadas perscruta os confins do universo, rastreando asteróides, descobrindo planetas e enviando mensagens extraterrestres, pode parar de funcionar em cinco anos por falta de recursos.

Um painel da Fundação Nacional americana das Ciências (NSF, na sigla em inglês), dona do observatório, recomendou no início de novembro cortar em 25% o orçamento do centro, de 10,5 milhões para 8 milhões de dólares ao ano, e seu eventual fechamento se não forem conseguidas fontes adicionais de financiamento para 2011.

Uma das conseqüências mais preocupantes é o potencial fechamento do radar planetário do observatório, o instrumento mais preciso para examinar em detalhes asteróides com remotas - embora reais - probabilidades de provocar uma catástrofe apocalíptica no planeta.

Em uma carta à NSF, Guy Consolmagno, diretor de Ciências Planetárias da Sociedade Astronômica Americana e integrante do Observatório do Vaticano, advertiu que o fechamento "representaria um duro golpe tanto para nossa ciência quanto para nossa segurança".

"Estas medidas com radar são a única forma de obter informação" sobre asteróides, disse Consolmagno à AFP. Uma vez que um asteróide é descoberto por um telescópio óptico, "o radar nos permite fazer modelos detalhados em sua forma, a única maneira de podermos calcular o volume destes corpos", explicou o cientista.

Inaugurado em 1963 nas montanhas da cidade de Arecibo, ao norte da ilha caribenha de Porto Rico, o radiotelescópio é uma enorme antena na forma de prato de 305 metros de diâmetro, com um receptor suspenso a 137 metros de altura em uma plataforma móvel de 900 toneladas.

A máquina recebe sinais de rádio de corpos celestes e o receptor as processa e esquadrinha ou faz mapas de partes do universo inacessíveis aos telescópios ópticos.





Fonte: AFP

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