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Internacional
Quinta - 30 de Novembro de 2006 às 10:25

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Um homem foi crucificado em um ato público pela libertação do ex-general Lino Oviedo em Assunção, no Paraguai.

Tomas Velazquez foi amarrado e pregado em uma cruz diante do Supremo Tribunal, para pedir uma revisão da pena de dez anos de prisão imposta a Oviedo por planejar um golpe de Estado em 1996.

Oviedo ainda é bastante popular entre a popuilação indígena em várias partes do país. Seus partidários alegam que a sentença tem motivação política.

Ele foi condenado por um tribunal militar em 1998, e preso ao voltar ao país em 2004, após cinco anos de exílio no Brasil.

Durante sua permanência no Brasil, Oviedo indicou que pretendia concorrer às eleições presidenciais de 2008 no Paraguai.

Crucificação

Com o corpo envolto em faixas pedindo a libertação de Oviedo, Velazquez foi colocado em uma cruz de maneira.

Seu rosto se contorceu de dor quando pregos foram martelados através das palmas de suas mãos.

Velazquez também está se submetendo a uma greve de fome para exigir a revisão da sentença de Oviedo.

"Em 1998, Oviedo foi condenado por um tribunal militar, mas isto é ilegal em tempos de paz", disse ele.

Segundo a agência de notícias Associated Press, a Corte Suprema disse que vai revisar o caso.

País de golpes

Oviedo teve um papel de destaque no levante, em 1989, para derrubar o regime do general Alfredo Stroessner e recolocar o país no caminho de um governo civil.

Antes de ser preso, tinha ambições políticas - primeiro dentro do Partido Colorado, de situação, e depois à frente de seu próprio movimento, Unace (União Nacional dos Cidadãos Éticos).

Ele foi condenado por causa de uma curta rebelião, em 1996, contra o ex-presidente Juan Carlos Wasmosy.

Oviedo está detido em uma prisão militar, e continua a negar ter realizado um complô contra Wasmosy, que foi o primeiro presidente civil eleito depois da derrubada de Stroessner.





Fonte: BBC Brasil

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