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Tecnologia
Quarta - 29 de Novembro de 2006 às 17:09

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A Vivo, maior operadora de telefonia móvel do país, voltou a defender nesta quarta-feira o compartilhamento de redes por empresas do setor para permitir a ampliação da cobertura do serviço.

De acordo com o presidente da Vivo, Roberto Lima, cerca de 45 por cento dos municípios do Brasil não têm cobertura de telefonia móvel por representar apenas 15 por cento da população.

"Ninguém diz não (ao compartilhamento), mas ninguém diz: ''vamos criar um grupo de trabalho imediatamente''. A hora é agora? Eu acho que é", afirmou, acrescentando que isso dependeria apenas de um acordo entre empresas sem "grande mudança de regulamento" da indústria de telefonia móvel.

Lima havia levantado a bandeira pela primeira vez durante evento de telecomunicações em outubro.

Segundo ele, até agora o crescimento do mercado foi financiado pelas próprias operadoras, o que é insustentável daqui para frente, "porque o retorno será decrescente" no caso de novos investimentos.

Em entrevista coletiva na quarta-feira, o presidente da Vivo disse ainda que o número de assinantes de telefonia móvel no Brasil deve bater a marca de 100 milhões no final de 2006. Em outubro, a base de usuários era de 96,6 milhões, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

A Vivo ainda vê forte potencial de avanço do mercado: nos países desenvolvidos, quase 9 em cada 10 habitantes têm um celular, enquanto no Brasil o serviço alcança 53 por cento da população. As faixas etárias de maior crescimento são acima de 51 anos e entre 7 e 13 anos, conforme estudo da Vivo.

MINAS GERAIS E NORDESTE

Atualmente, a Vivo não possui rede em Minas Gerais e em seis Estados do Nordeste. A empresa tem planos de alcançar cobertura nacional e uma das alternativas é começar do zero nas localidades onde não atua.

Lima afirmou que o investimento necessário para a Vivo atuar nas localidades em que não tem presença, caso a empresa compre licenças de operação, "se aproxima de 700 milhões de reais".

A Vivo opera no padrão CDMA e investe em uma rede com a tecnologia GSM, a mesma usada pelas principais rivais TIM, Claro e Oi, que pertence à Telemar.

De acordo com Lima, o CDMA é o diferencial da Vivo para a oferta de serviços ao mercado corporativo, enquanto com o GSM a operadora poderá competir com mais força no mercado de massa.

LIDERANÇA AMEAÇADA

A Vivo encerrou outubro com pouco menos de 29 milhões de clientes, ou 29,79 por cento do mercado brasileiro, indicam os dados da Anatel.

Mas a liderança está ameaçada, já que a rival TIM Brasil, controlada pela Telecom Italia, é alvo de aquisição e uma das potenciais compradoras é a mexicana América Móvil, dona da Claro.

Juntas, Claro e TIM teriam quase metade da base de usuários de celulares do Brasil. Adotando postura defensiva, o presidente da Vivo procurou minimizar os efeitos de uma eventual fusão das concorrentes. Para ele, a consolidação do mercado tende a reduzir a agressividade comercial.





Fonte: Reuters

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