Pesquisa em bairros periféricos da Capital revela que 61% estão acima do peso

Um dos trabalhos realizados pela secretaria municipal de Educação, Desporto e Lazer de Cuiabá, por meio da Diretoria de Desporto e Lazer (Didel), durante a realização do projeto Prefeitura em Movimento, é a avaliação corporal dos moradores dos bairros envolvidos no projeto.

Nas sete primeiras edições do projeto, 1.371 pessoas, acima de 20 anos, tiveram peso e altura aferidos, além da mensuração do percentual de gordura do corpo, por meio do bioimpedância, um aparelho que avalia a quantidade de tecido gorduroso. A pesquisa revelou que 61% das pessoas avaliadas estão acima do peso.

O levantamento foi realizado em diversos bairros da periferia da Capital, como Jardim Vitória,, Jardim Florianópolis, Pascoal Ramos, Jardim Industriário, Carumbé, Planalto, Dom Aquino, Despraiado, Novo Colorado, Grande Terceiro, Novo Mato Grosso e Morada da Serra.

Segundo a professora de Educação Física da Didel, Patrícia Galilei, responsável pela catalogação e análise dos dados, as informações obtidas pelo diagnóstico têm validade científica e colaboram para a prevenção de doenças oriundas do sobrepeso e falta de atividade física.

A professora explica que, após a avaliação, as informações são enviadas para um software, que analisa os dados e classifica o indivíduo em magro, normal, semi-obeso ou obeso. O documento também informa a quantidade de peso que o avaliado deve ganhar ou perder para estar com peso e altura ideais.

Além do parecer, a equipe da Didel fornece orientações aos moradores, indicando quais especialistas devem ser consultados para manter a boa forma, como nutricionistas, médicos e profissionais de educação física. “O objetivo principal é fazer com que as pessoas criem o hábito de praticar atividades físicas e ter uma alimentação adequada”, diz Patrícia.

Segundo a professora, estudos revelam que a cada dólar investido no incentivo à prática desportiva, economizam-se dois dólares em gastos com medicamentos. “Isso implica na economia dos gastos públicos e o mais importante: a população se torna mais saudável”, afirma a pesquisadora.