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Para OCDE, Brasil só vai crescer 4% em 2008
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revê para baixo o crescimento do Brasil em 2006 e 2007, alerta que o Produto Interno Bruto (PIB) do País aumentará a uma taxa inferior à projetada pelo governo e acredita que a economia somente vai crescer 4% em 2008. A revisão no caso do Brasil vai no sentido contrário da tendência registrada pela OCDE para os 30 países mais ricos do mundo, que tiveram suas projeções elevadas para 2006. Os dados fazem parte do relatório anual sobre a economia mundial publicado ontem pela entidade.
Preocupada como um aumento dos gastos públicos no Brasil, a OCDE defende reformas estruturais para alavancar o desempenho da economia. Quanto aos juros, a entidade acredita que haverá espaço para redução das taxas pelo Banco Central nos próximos meses.
Para este ano, a OCDE aponta uma taxa de crescimento de 3,1% para o País, ante os 3,2% estimados pelo governo na semana passada. A taxa apresentada pela OCDE é inferior à média de crescimento dos países desenvolvidos, que será de 3,2% em 2006. Índia, China, Rússia e Turquia também crescerão mais que o Brasil.
No início do ano, os dados da OCDE indicavam que o Brasil poderia crescer 3,8% neste ano. Para 2007, a estimativa era de 4%. Agora, não só a projeção foi reduzida para 2006 como também para 2007 (para 3,8%). A marca dos 4%, portanto, será adiada para 2008.
Segundo os economistas da entidade, o crescimento será retomado de forma 'gradual'. Entre os pontos positivos, a OCDE aponta os 'fundamentos sólidos da economia' e a leve retomada do desempenho no terceiro trimestre, em comparação com o fraco segundo trimestre.
As contas externas brasileiras ainda possibilitarão que o País possa enfrentar melhor uma eventual desaceleração da economia mundial ou choques externos. O BC continua a acumular reservas e as exportações continuam crescendo. Ainda assim, o superávit nas contas correntes deve diminuir de 1,6% em 2006 para 0,9% em 2007 e 0,4% em 2008.
O crescimento do PIB, portanto, deverá vir do mercado doméstico. O consumo aumentaria graças à maior renda e à expansão de crédito. Os investimentos, que também foram modestos em 2006, podem ser retomados para 2007.
Não por acaso, os economistas da entidade alertam que o controle de gastos deve ser prioridade na agenda política no Brasil. Isso porque há o risco de que os gastos publicam sofram um aumento real nos próximos meses. A tendência é considerada 'preocupante' pela OCDE.
Apesar de a política fiscal ficar dentro da meta tanto para 2006, com superávit de 4,25%, como em 2007, a OCDE alerta para a 'deterioração da qualidade do ajuste fiscal'.
Em relação aos juros, a OCDE acredita que haverá espaço para um corte maior em 2007 e 2008. Isso porque a inflação dá sinais de estar sob controle e deve ficar na parte inferior da faixa da meta estabelecida pelo governo, com 3% neste ano, 3,8% em 2007 e 3,6% em 2008.
Já o superávit na balança comercial brasileira deverá sofrer uma redução nos próximos dois anos. As projeções da OCDE apontam que, apesar do crescimento das exportações, as importações aumentarão em velocidade superior às vendas. O resultado será a redução do superávit de US$ 46,1 bilhões previsto em 2006 para US$ 42,7 bilhões em 2007 e US$ 38,9 bilhões em 2008.
Preocupada como um aumento dos gastos públicos no Brasil, a OCDE defende reformas estruturais para alavancar o desempenho da economia. Quanto aos juros, a entidade acredita que haverá espaço para redução das taxas pelo Banco Central nos próximos meses.
Para este ano, a OCDE aponta uma taxa de crescimento de 3,1% para o País, ante os 3,2% estimados pelo governo na semana passada. A taxa apresentada pela OCDE é inferior à média de crescimento dos países desenvolvidos, que será de 3,2% em 2006. Índia, China, Rússia e Turquia também crescerão mais que o Brasil.
No início do ano, os dados da OCDE indicavam que o Brasil poderia crescer 3,8% neste ano. Para 2007, a estimativa era de 4%. Agora, não só a projeção foi reduzida para 2006 como também para 2007 (para 3,8%). A marca dos 4%, portanto, será adiada para 2008.
Segundo os economistas da entidade, o crescimento será retomado de forma 'gradual'. Entre os pontos positivos, a OCDE aponta os 'fundamentos sólidos da economia' e a leve retomada do desempenho no terceiro trimestre, em comparação com o fraco segundo trimestre.
As contas externas brasileiras ainda possibilitarão que o País possa enfrentar melhor uma eventual desaceleração da economia mundial ou choques externos. O BC continua a acumular reservas e as exportações continuam crescendo. Ainda assim, o superávit nas contas correntes deve diminuir de 1,6% em 2006 para 0,9% em 2007 e 0,4% em 2008.
O crescimento do PIB, portanto, deverá vir do mercado doméstico. O consumo aumentaria graças à maior renda e à expansão de crédito. Os investimentos, que também foram modestos em 2006, podem ser retomados para 2007.
Não por acaso, os economistas da entidade alertam que o controle de gastos deve ser prioridade na agenda política no Brasil. Isso porque há o risco de que os gastos publicam sofram um aumento real nos próximos meses. A tendência é considerada 'preocupante' pela OCDE.
Apesar de a política fiscal ficar dentro da meta tanto para 2006, com superávit de 4,25%, como em 2007, a OCDE alerta para a 'deterioração da qualidade do ajuste fiscal'.
Em relação aos juros, a OCDE acredita que haverá espaço para um corte maior em 2007 e 2008. Isso porque a inflação dá sinais de estar sob controle e deve ficar na parte inferior da faixa da meta estabelecida pelo governo, com 3% neste ano, 3,8% em 2007 e 3,6% em 2008.
Já o superávit na balança comercial brasileira deverá sofrer uma redução nos próximos dois anos. As projeções da OCDE apontam que, apesar do crescimento das exportações, as importações aumentarão em velocidade superior às vendas. O resultado será a redução do superávit de US$ 46,1 bilhões previsto em 2006 para US$ 42,7 bilhões em 2007 e US$ 38,9 bilhões em 2008.
Fonte:
AE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/257710/visualizar/
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