Papa defende liberdade religiosa na Turquia
Espera-se que o papa defenda maiores direitos e proteções para as minorias cristãs no mundo muçulmano, inclusive para a pequena comunidade cristã ortodoxa da Turquia. A jornada de Bento XVI é extraordinariamente sensível, um peregrinação cheia de simbolismos, acompanhada de perto, e que pode oferecer a esperança de reconciliação religiosa, ou pode aprofundar o que muitos consideram como uma divisão crescente entre os mundos muçulmano e cristão. Procurando amenizar a irritação causada por suas declarações sobre o Islã, Bento XVI se encontrou com Ali Bardakoglu, chefe da Diretoria de Assuntos Religiosos da Turquia.
"A então chamada convicção de que a espada é usada para difundir o Islã e a crescente islamofobia prejudica todos os muçulmanos", disse Bardakoglu em uma aparição conjunta. O comentário parece ser em referência às palavras de Bento XVI em um discurso em setembro, quando citou um imperador cristão do século 14 que caracterizou os ensinamentos do profeta Maomé como "maus e desumanos". O discurso despertou uma onda de revolta no mundo islâmico. No último domingo, mais de 25 mil turcos realizaram um protesto contra o Vaticano em Istambul.
"A paz é a base de todas as religiões" disse Bento XVI a Bardakoglu. O Vaticano disse que o discurso era uma tentativa de enfatizar a incompatibilidade entre fé e violência, e o papa depois lamentou ter causado a violenta reação muçulmana.
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