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Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Terça - 28 de Novembro de 2006 às 08:49

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São Paulo - A chuva que atingiu São Paulo ontem à tarde mostrou que a cidade continua despreparada para evitar alagamentos. Às 14h30, a capital foi castigada por uma tempestade que durou apenas uma hora, mas parou alguns pontos, como os bairros do Morumbi e Santo Amaro, na zona sul, e Butantã e Pompéia, na zona oeste, onde automóveis foram cobertos pela água.

Por causa da chuva, o Metrô reduziu a velocidade dos trens. O temporal também provocou a suspensão por meia hora das operações de pouso e decolagem no Aeroporto de Congonhas, na zona sul. Por precaução, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) interditou às 16h15 o Túnel do Anhangabaú, no centro. Segundo a Eletropaulo, ruas de diferentes áreas ficaram sem energia elétrica por alguns minutos.

As 31 subprefeituras entraram em estado de atenção. O Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) registrou 44 pontos de alagamento - seis deles intransitáveis. Somente às 17h35 o CGE decretou o fim do estado de atenção.

A chuva complicou o trânsito na cidade. Às 19 horas, a CET registrava 162 quilômetros de congestionamento - a média para o horário é de 62 quilômetros. Uma hora depois, às 20 horas, o trânsito na cidade continuava um problema. Segundo a CET, 98 quilômetros de congestionamento foram registrados, quase o dobro da média para o horário que é de 50 quilômetros. O Rio Tamanduateí, no ABC, e o Córrego Pirajuçara, na zona sul, subiram dois metros.

A pancada intensa, acompanhada de ventos, fez com que as equipes dos bombeiros atendessem famílias ilhadas em uma casa na Rua do Símbolo, no Butantã. Houve ainda resgate de uma perua escolar com crianças presas nas águas em Americanópolis, na zona sul. Outro carro, na Marginal dos Pinheiros, ficou ilhado, próximo à Ponte Eusébio Matoso.

A Defesa Civil atendeu seis chamados, entre eles dois falando de barracos que desabaram na Favela de Paraisópolis, na zona sul. Na Vila Andrade, na mesma região, um muro desmoronou. Ninguém se feriu.

Segundo o CGE, as chuvas que atingiram a capital em novembro já alcançaram quase o dobro do previsto para o mês. Em 2005, choveu 78 milímetros no mesmo período. Até ontem, já havia chovido quase 200 mm, dos quais 69,4 mm só no fim de semana. O meteorologista da Climatempo André Madeira explicou que a média para o mês todo é de 137,4 mm.

Segundo o prefeito Gilberto Kassab (PFL), "a torcida é para que chova e chova bastante". Segundo ele, é nesta época que os reservatórios enchem e garantem o abastecimento de água. Para o motorista Nilton Basílio, tanta chuva e pouco escoamento deu em prejuízo: o carro dele quebrou na Avenida Pompéia, onde a água atingiu um metro e meio. "Nem consegui avisar do atraso no trabalho porque o telefone não funcionou." O motorista José da Luz, de 58 anos, esperou a chuva passar para sair de casa e encontrou a Marginal limpa, às 19h30. "Demos uma bela sorte." Sorte que o taxista José Miranda, de 42 anos, não teve. "Peguei tudo parado na Santo Amaro." Colaborou





Fonte: Agência de Notícias

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