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Economia
Segunda - 27 de Novembro de 2006 às 16:43

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Insatisfeitos com as negociações da Petrobras em relação ao acordo coletivo desse ano, funcionários da empresa planejam iniciar hoje, às 23 horas, paralisações em unidades da empresa de todo o País. A manifestação é uma iniciativa da Frente Nacional dos Petroleiros (FNP), que reúne seis sindicatos e 10 mil funcionários, um terço do quadro total da Petrobras.

De acordo com o coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista (Sindipetros LP), Waldomiro dos Santos Pereira Filho, a paralisação vai consistir em atrasos de uma hora na entrada de cada turno, a partir de hoje. "Os funcionários de turno devem aderir em 100% aos atrasos, já dos administrativos esperamos uma adesão de 60% do quadro", prevê o sindicalista.

A Frente está negociando com a empresa um reajuste de 2,8% referente ao Índice de Custo de Vida (ICV/Dieese) mais um aumento real de 7,5% para todos os funcionários na ativa e também para os aposentados. De acordo com o Sindipetros LP, a proposta da empresa despreza os aposentados e oferece apenas a reposição da inflação (2,8% referente ao ICV/Dieese), abono de 80% relativo a uma remuneração, avanço de um nível na carreira e auxílio-almoço de R$ 381,26.

Pereira Filho prevê que uma contraproposta satisfatória não seja feita ainda hoje, por isso, a manifestação deve mesmo ocorrer: "é mais uma advertência", diz Pereira Filho. Segundo ele, os atrasos não causam prejuízos à produção da Petrobras, mas trazem transtornos na infra-estrutura da empresa, como problemas nos transportes e alimentação dos funcionários.

Em São Paulo, as mobilizações vão acontecer na Refinaria Presidente Bernardes e no Terminal de Pilões, em Cubatão; no Terminal Aquaviário da Alemoa, em Santos; no Terminal Aquaviário de São Sebastião, em São Sebastião; e na Refinaria Henrique Lage (Revap), em São José dos Campos. Refinarias, terminais e bases de exploração de Alagoas, Amapá, Amazonas, Pará e Rio de Janeiro, que são integrantes a FNP, também pretendem aderir ao protesto.

Trabalhadores da Petrobras também estão mobilizados contra os leilões das bacias de petróleo e gás promovidos pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). O 8º leilão está marcado para acontecer amanhã e quarta-feira. Haverá manifestações em diversos Estados do Brasil pedindo a suspensão do 8º leilão e a realização de um plebiscito para consultar o povo brasileiro sobre a questão. Em Santos, o Sindipretros LP pretende reunir 500 pessoas amanhã entre sindicalistas, líderes estudantis e participantes do Movimento Sem Terra (MST).





Fonte: AE

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