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Economia
Segunda - 27 de Novembro de 2006 às 16:22

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Depois de duplicar a capacidade instalada no país com a inauguração da usina hidrelétrica de Peixe Angical, no Tocantins, de 452 megawatts, a Energias do Brasil quer repetir a dose e atingir os 2 mil megawatts em geração dentro de dois a cinco anos, dependendo do porte dos projetos, informou o vice-presidente para geração da companhia, Custódio Miguens.

Uma das opções é entrar na geração de energia por queima de bagaço de cana ou em usinas térmicas, sendo que esta última dependerá da garantia de insumos para ir adiante.

Em entrevista para jornalistas na véspera da inauguração do principal projeto da subsidiária da portuguesa EDP no país --que terá energia suficiente para abastecer uma cidade de 4 milhões de habitantes e cuja barragem consumiu onze Maracanãs em cimento-- Miguens afirmou que independente da fonte de energia que o governo brasileiro escolha para sustentar o crescimento da economia, a empresa poderá investir cerca de 1,5 bilhão de dólares para a alcançar a meta de duplicar os atuais 1.043 megawatts. Falta apenas escolher de que forma fará isso.

"Estamos analisando projetos de pequenas e médias dimensões, com ou sem parcerias, novos ou por meio de aquisições", informou o executivo. A estratégia do grupo é buscar o controle acionário dos empreendimentos, mas Miguens não descarta ser minoritário se isso for um bom negócio, até mesmo a compra de participação em usinas já licitadas e que não saíram do papel.

Os recursos a serem aplicados deverão ser divididos em 60 por cento de financiamento e 40 por cento de capital próprio, e poderão ser reduzidos se a opção for por parcerias, destacou.

Ele ressaltou que a decisão de investimentos da Energias do Brasil vai depender apenas do caminho que o governo brasileiro escolher, por hidrelétricas ou térmicas, e que existe também a disposição de entrar com força na geração de energia por meio da queima do bagaço de cana, que poderá chegar a 20 por cento do potencial energético a ser duplicado do grupo.

Outro projeto é construir pelo menos duas pequenas hidrelétricas por ano, conhecidas como PCHs, que irão se juntar ao parque de 15 PCHs já controladas pela Energias do Brasil no Espírito Santo e Mato Grosso do Sul. Outra alternativa seria a construção de usinas térmicas, mas se houver garantia de fornecimento de gás natural ou carvão.

"Se a aposta do Brasil for gás natural produzido no Brasil ou na Bolívia, ou na importação de GNL (Gás Natural Liquefeito), se tivermos certeza que esse é o caminho do governo, poderemos ir por esse caminho", afirmou.





Fonte: Reuters

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