Grife de prostitutas exporta coleção de calcinhas

A Daspu, grife da ONG Da vida, que reúne prostitutas de várias zonas do Rio de Janeiro, vai brilhar na galeria de moda mais famosa de Paris. As prostitutas, que também produzem as roupas, estão preparando os últimos detalhes para colocar na rua sua coleção de lingeries. A linha exportação será lançada na Galerie Lafayette, na capital francesa.

Por enquanto, o objetivo é apresentar cinco peças completas, com direito a calcinha, sutiã, liga, corpete e hobby. Para melhor adaptação das roupas íntimas aos corpos de brasileiras e européias, serão lançadas duas versões de cada peça.

Entre as estampas escolhidas até o momento, estão posições sexuais do Kama Sutra, maçã do amor e bordados, além de fotos de camisetas já produzidas pela Daspu.

"Fomos procurados por representantes franceses no início do ano, mas ainda não tínhamos estrutura para exportar. Apesar disso, sabíamos que alguns clientes compravam camisetas aqui e revendiam lá fora", conta Gabriela Silva Leite, fundadora da ONG e da grife.

Para a Daspu, não faltam motivos a comemorar. Além da apresentação em Paris, as prostitutas já conseguiram vender mais de 20 mil camisetas, desde a inauguração.

Todas são enfeitadas por frases polêmicas. "Mulheres perdidas são as mais procuradas" e "Somos más. Podemos ser piores" estão entre as mais pedidas.