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Internacional
Sábado - 25 de Novembro de 2006 às 22:21

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Dezenas de milhares de manifestantes se reuniram neste sábado em Madri para marcar sua oposição a qualquer negociação do governo com os "assassinos do ETA", constatou a AFP.

De acordo com a delegação do governo em Madri, citada pela rádio Cadena Ser, pouco menos de 100.000 pessoas compareceram à manifestação. Já a comunidade de Madri, presidida pela conservadora Esperanza Aguirre, estimou em 1,3 milhão o número de participantes.

Os dirigentes do Partido Popular (PP, direita), da oposição, participaram desta manifestação convocada pela Associação das Vítimas do Terrorismo (AVT) para levar o governo socialista de José Luis Rodriguez Zapatero a interromper o diálogo iniciado com a organização separatista desde seu anúncio de um cessar-fogo, há oito meses.

O ETA é considerado responsável pela morte de cerca de 850 pessoas em quase 40 anos de violência.

"Zapatero demissão!", gritavam os manifestantes neste sábado no centro de Madri.

O predecessor de Zapatero, José Maria Aznar, e o líder do PP, Mariano Rajoy, compareceram na manifestação. Rajoy acusou o chefe do governo socialista de "negociar com uma organização terrorista".

A manifestação é "um grito para não ceder nem à chantagem, nem à pressão de uma organização terrorista", disse Rajoy.

Alguns participantes carregavam cartazes onde podia-se ler a pergunta "quem está por trás do 11-M?", em referência a uma possível participação do ETA nos atentados terrroristas islâmicos de 11 de março de 2004 em Madri, que deixaram 191 mortos.

Esta hipótese, alimentada por alguns meios de comunicação conservadores espanhóis, foi totalmente descartada pelos investigadores e pela justiça.

O processo de paz no País Basco se encontra atualmente paralisado, devido ao roubo, cometido em 23 de outubro atribuído ao ETA, de 350 armas no sul da França.





Fonte: AFP

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