Arte contemporânea do grafite retrata o Brasil Colônia
Quinze grafiteiros, reunidos pela Central Única das Favelas (Cufa), desenharam nos tapumes da obra figuras inspiradas em desenhos e estudos do pintor francês Debret, trazido ao país por D.João VI. Damas, servidores da Côrte e escravos foram recriados pelos artistas do spray de tinta convidados no Rio e em São Paulo.
A igreja é um dos símbolos do Brasil colonial, porque foi ali que a família Real viveu alguns momentos marcantes, como a coroação de D. João VI, D. Pedro I e D. Pedro II.
Coordenador dos grafiteiros no projeto, Criz Silva diz que o grafite está mais presente no Rio de Janeiro: "As pessoas estão começando a entender o grafite como arte". Já para o grafiteiro Binho Ribeiro, um dos mais famosos do Brasil e que veio de São Paulo, o evento significa mais uma grande conquista para a arte urbana, que rompe mais uma barreira social. E é esse rompimento social que deseja o secretário municipal das Culturas Ricardo Macieira, que organizou o projeto dos grafiteiros na igreja:
" É uma manifestação da periferia e nós estamos trazendo essa linguagem para o centro histórico do Rio."
O projeto de revitalização da Igreja de Nossa Senhora do Carmo faz parte das comemorações dos 200 anos da chegada da Família Real no Brasil, que será celebrada em 2008.
As obras estão previstas para terminar em 2008. Nesse período, o interior da igreja também será reformado. Até lá, o carioca terá o prazer de ver uma exposição a céu aberto em que a arte da periferia dos grafiteiros visita o Brasil colônia.
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