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Sábado - 25 de Novembro de 2006 às 15:08

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A Justiça francesa abriu uma investigação por "golpes mortais" e "violências com arma" contra o policial francês que matou um torcedor do Paris Saint-Germain ao proteger um jovem judeu após a partida em que o clube francês foi derrotado, em casa, pelo israelense Hapoel Tel Aviv, pela Copa da Uefa.

O Ministério Público de Paris considerou a "legítima defesa" e pediu a audiência como "testemunha assistida" do policial antilhano Antoine Granomort, 32 anos.

Se o juiz seguir as considerações do Ministério Público, o policial não deverá ser indiciado.

Ao ser agredido com violência por dezenas de torcedores do PSG, que também gritaram xingamentos racistas, Granomort, que estava à paisana, abriu fogo e matou Julien Quemener, 25 anos, e feriu Mounir Douchaer, 26.

O policial está sendo interrogado neste sábado pela Inspeção Geral dos Serviços (IGS), e deve ser apresentado ainda hoje ao juiz.

As violências cometidas pelos torcedores parisienses contra o policial e contra o jovem fã do Hapoel Tel Aviv, que ele estava protegendo, também estão sendo investigadas.

Os torcedores serão investigados por "violências em conjunto contra um agente da força pública" e por "violências em conjunto com agravante de anti-semitismo".

O ministro francês do Interior, Nicolas Sarkozy, que recebeu neste sábado os presidentes de clubes e de associações de torcedores, pediu ao chefe da polícia de Paris que eleve o número de torcedores do PSG proibidos de entrar em um estádio. Por enquanto, 70 pessoas estão neste caso.

"Decidimos atuar com a maior firmeza para erradicar a presença de elementos racistas nos estádios", declarou Sarkozy. "Não queremos mais racistas nos estádios, não queremos mais saudações nazistas, nem gritos de macaco quando jogadores negros pegam na bola", finalizou.

O torcedor morto, Julien Quemener, pertencia à torcida organizada Boulogne Boys, conhecida pela violência de seus integrantes e por suas posições de extrema-direita.





Fonte: AFP

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